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Chuva não desanima segunda noite de folia na Capital

Redação | 14/02/2010 09:49

Os foliões de Campo Grande tiveram de esperar a chuva passar para aproveitar o Carnaval no sábado, tradicionalmente uma das noites mais animadas da folia. A festa na avenida Fernando Corrêa da Costa e o desfile das escolas de samba, na Via Morena, tiveram pouco público antes das 23h, quando a chuva deu uma trégua. No show popular, o número de pessoas aumentou, mas na Via Morena, poucos assistiram ao desfile.

O desfile, que estava previsto para começar às 19h, começou por volta das 21h30, mesmo com a chuva. O diretor-presidente da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Athayde Nery, disse que as escolas tiveram uma reunião e preferiram desfilar na chuva, ao invés do adiamento.

Cerca de mil pessoas assistiram as duas escolas do grupo especial e a duas do grupo de acesso que passaram pela passarela do samba, um público bem abaixo do esperado. A última escola a entrar na avenida foi a "Unidos do São Francisco", por volta das 2h da madrugada. O público, pequeno, acompanhou o samba-enredo "São Jorge, meu protetor" com curiosidade.

A paixão pelo desfile levou o funcionário público Antônio Cardoso de Jesus, 51 anos, a chegar à Via Morena às 18h40 e esperar, na chuva, pelo início do desfile. O local dos desfiles não agrada o folião, "aqui é muito longe, difícil acesso, preferia quando era no centro da cidade", reclamou. Antônio assistia a passagem da Unidos do São Francisco, pensando no desfile deste domingo, quando irá desfilar pela Igrejinha, escola que foi 20 vezes campeã do Carnaval, "Mesmo debaixo de chuva, acompanhamos por que gostamos muito do carnaval".

A segurança na Via Morena foi feita por 55 policiais militares que não registraram nenhuma ocorrência grave durante os desfiles. O empresário Marco Aurélio Recaldo, 42 anos, levou a família para ver o final de desfile e se entusiasmou com a escola, "vamos todos vir amanhã também, está tudo bem bonito".

A prefeitura disponibilizou dois ônibus para trazer e levar os integrantes das agremiações, que mesmo com a chuva e o pouco público, não desanimou. Ao se preparar para ir embora, a professora Júlia Albuquerque, 34 anos, comentou, "é muito amor pela nossa escola". Hoje desfilam as escolas: Cinderela Tradição do José Abraão, Catedráticos do Samba, Tradição do Pantanal, Igrejinha, Unidos do Cruzeiro e Unidos da Vila Carvalho. A apuração que define a campeã de 2010 acontece na terça-feira, no Armazém Cultural, às 17h.

Avenida - A festa da avenida Fernando Corrêa da Costa teve início às 22h, mas os foliões começaram a chegar após a meia-noite, depois que a chuva diminuiu. Para entrar no espaço montado pela prefeitura, é preciso passar por uma revista, fato que causou uma fila de quase 400 metros. O procedimento é feito para aumentar a segurança no local e evitar que menores entrem no recinto.

Cerca de 5 mil pessoas faziam a festa na avenida, de acordo com informações da Polícia Militar. A espera não pareceu incomodar o estudante Gabriel de Lima Quirino, 21 anos, que esperava pelos outros amigos, que estavam no fim da fila, "está tudo beleza, tem mais segurança aqui, é melhor".

O efetivo policial na avenida foi de 100 PM's, que ficaram distribuídos em vários pontos do local. O Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) reforçou a ronda no lado de fora, além de homens da cavalaria da PM. A Ciptran (Companhia Independente de Trânsito) realizou o policiamento nas áreas próximas à avenida. O comandante do policiamento, tenente-coronel Durval, disse que a 1h da manhã havia quase 5 mil pessoas na festa, que termina por volta das 4h.

Mesmo com este público, as vendas de bebidas não entusiasmaram. O gerente da Saddam Festas, Pedro Gaetta, 45, contou que as vendas estavam bem abaixo do esperado, "não estão consumindo muito, viemos com o carregamento completo, esperava que tivesse mais gente". Gaetta ressaltou que todos os vendedores haviam sido alertados para não vender bebidas alcoólicas para menores, "se temos dúvidas a respeito da idade, chamamos os policiais para olhar a identidade".

Menores - Apesar de ser proibida a presença de menores, era possível ver vários adolescentes na festa. A estudante Rosilene Gomes Teixeira, 21 anos, estava suas irmãs Ana Paula Macedo, 15 anos, e Priscila Macedo, 16. De acordo com Rosilene, não houve problema durante a entrada e que "minha mãe deixa a gente vir, desde que eu cuide das duas".

O responsável pela segurança privada, que realizava as revistas na entrada, Jorge Gomes, disse que durante a primeira noite foi liberado a entrada de menores, desde que estejam acompanhados de um adulto, "mas isso é apenas hoje, amanhã não poderão entrar menores", garante.

A animação da festa esteve a cargo de Patty e Banda e Renata Guerreiro, ex-vocalista do Axé Blond. s músicas entusiasmavam Milena Fernanda, 21 anos, que acompanhava pela primeira vez o carnaval de rua da capital, "eu morava em Corumbá, que é o melhor carnaval do Estado, mas aqui também é divertido", comparou.

Voluntários do Rotaract Club, ligado ao Rotary Club, distribuíam camisinhas para quem entrava na festa. A iniciativa, resultado de uma parceria do Rotary com a Sesau (Secretária Municipal de Saúde), levou 25 jovens a trabalhar durante a folia. Marcos Silva, 25 anos, contou que outros 7 colegas ajudavam na distribuição, "estamos ajudando na conscientização, fomos voluntários para fazer este trabalho".

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