Drama e comédia se unem na peça Apareceu a Margarida

O espetáculo Apareceu a Margarida, do Teatral Grupo de Risco, é atração deste sábado e domingo no Teatro Prosa do Sesc Horto, às 20 horas. Na montagem a professora Margarida será encenada pelo ator Arce Correia, o mesmo criador da personagem Maria Quitéria.

O texto, de autoria de Roberto Athayde, foi escrito em 1973 e já recebeu mais de 300 montagens pelo mundo afora, inclusive na Broadway. Depois de estrear em abril na Capital, o espetáculo foi visto nas cidades de Cuiabá, Dourados e Corumbá.

"Decidimos trazer a peça novamente para a Capital devido a curta temporada de estréia. Sentimos a necessidade de disponibilizar mais dias para que a população possa prestigiar o espetáculo, visto que na temporada anterior tivemos o teatro lotado todos os dias", comemora Arce.

O monólogo tragicômico retrata o comportamento ditatorial de uma professora que não está adequada à realidade temporal de seus alunos. A peça, que traz características modernas na linguagem e no figurino, é uma denúncia do sistema da ditadura e das imposições políticas.

Dona Margarida é uma professora impetuosa e autoritária que vive sua primeira aula com uma turma de alunos do 5° ano primário, representados pela própria platéia. De comportamento rígido e sarcástico, fala da importância da obediência, do respeito e da justiça, com o objetivo de preparar sua turma para o exame de admissão para o ginásio.

O primeiro encontro da professora com os alunos acaba, contudo, sendo muito mais que uma simples aula e se torna uma lição de vida.

Na estréia em abril, o auditório contou com a presença do autor da peça, Roberto Athayde. Ele, que já havia visto Marília Pêra encenar Margarida nas décadas de 70 e 80, seus anos de maior sucesso, mostrou empolgação com a produção, que segundo ele merece ser vista em âmbito nacional. "Arce Correia nos brinda com a melhor Margarida em língua portuguesa desde Marília Pêra", comentou.

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