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Esportes

Abraço ao Morenão pede saída de Cezário e recomeço do futebol em MS

Paulo Nonato de Souza | 25/07/2015 12:16
O abraço simbólico ao Estádio Morenão, neste sábado, foi um ato de protesto contra a situação de decadência do futebol em Mato Grosso do Sul (Foto: Fernando Antunes)
O abraço simbólico ao Estádio Morenão, neste sábado, foi um ato de protesto contra a situação de decadência do futebol em Mato Grosso do Sul (Foto: Fernando Antunes)

O abraço simbólico ao Estádio Morenão, neste sábado, foi um ato em defesa do recomeço da história do futebol em Mato Grosso do Sul, e pela renúncia do presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, no cargo há mais de 30 anos, e reempossado em abril deste ano para novo mandato até 2019.

“Chegamos ao fundo do poço. Não tem mais o que piorar. Agora é recomeçar do zero. É isso o que estamos fazendo ao participar desse abraço simbólico, e é o que todos que gostam de futebol em Mato Grosso do Sul devem fazer”, declarou o radialista Gilberto Pereira Guedes, uma referência importante nas transmissões esportivas em Campo Grande nas décadas de 1970 e 1980.

O ato foi convocado pelo “Mutirão Pró Futebol”, lançado no início deste mês com a proposta de mobilizar a sociedade sul-mato-grossenses por mudanças na gestão do futebol no estado, e reuniu ex-árbitros, ex-jogadores e ex-dirigentes de Operário e Comercial, torcedores, jornalistas, radialistas, artistas e representantes de entidades de classe.

Inaugurado em 7 de março de 1971, o Estádio Morenão simboliza o passado de grandes conquistas dos clubes locais em nível estadual e nacional, e sua interdição pelo Ministério Público Estadual desde setembro de 2014 por apresentar riscos à segurança dos torcedores, representa uma situação de total decadência do futebol no estado que vem desde a década de 1990.

“Não estamos aqui apenas pela reabertura do Estádio Morenão, mas para pedir a abertura das mentes adormecidas do nosso futebol”, disse o radialista Arthur Mário Medeiros Ramalhos, um dos cabeças do mutirão ao lado do ex-zagueiro Amarildo Carvalho e do ex-atacante Nelson Barros, o Chaveirinho.

O cantor e compositor Paulinho Simões, parceiro do violeiro Almir Sater, disse que o evento foi um importante ponto de partida para uma reconstrução. “Como não temos mais futebol em Mato Grosso do Sul, só assim para reencontrar tanta gente boa de bola, que nos deram tantas alegrias”, disse ele, referindo-se aos ex-jogadores comercialinos e operarianos presentes, como Gonçalves, Altimar, Diogo, Amarildo, Coquinho, Bosco, Tonico, Celso e Bosco.

“Infelizmente perdemos a cultura do futebol e o Cezário tem muita culpa nisso tudo, mas ele não é o único culpado. Os dirigentes dos nosso clubes também são culpados pela decadência do futebol porque permitem que isso aconteça”, afirmou o ex-atacante Coquinho.

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