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Esportes

Agronegócio perdeu US$ 5 bi em exportações em 2009

Redação | 08/01/2010 22:16

A balança comercial do agronegócio registrou em 2009 superávit de US$ 54,9 bilhões. O resultado é 8,5% inferior ao de 2008, quando se chegou ao recorde de US$ 60 bilhões.

Com a retração dos preços no mercado internacional, o valor das exportações do setor caiu 9,8%, ficando em US$ 64,7 bilhões. As importações também diminuíram 16,9%, totalizando para US$ 9,8 bilhões.

Apesar da queda, as exportações do agronegócio representaram 42,5% de tudo que o país produziu e embarcou para o exterior no ano passado. Em 2008, mesmo com superávit maior e mais exportações, a participação do setor foi menor, ficando em 36,3%.

Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que apresentou os números hoje, isso mostra que a tese defendida pelo governo no início da crise mundial estava correta.

"Nós dizíamos, quando começou a crise, que o mundo estava comendo, ia continuar comendo e que a produção agrícola seria, possivelmente, o último item a ser afetado", afirmou.

Para assegurar a atividade, o ministro disse que o governo fez o maior incentivo já realizado para a comercialização de produtos agrícolas, gastando R$ 5,5 bilhões a fundo perdido.

Sobre a queda no valor das exportações, Stephanes lembrou que, em 2008, antes da crise, houve uma bolha em relação aos preços das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional), que bateram recordes históricos.

"A agricultura manteve o nível de exportação, mas não dá para comparar, porque tínhamos no período pré-crise todas as commodities em níveis elevados".

As perspectivas para este ano, no entanto, são de crescimento em valor. Isso porque os preços dos produtos agropecuários estão maiores do que os de 2007, antes do pico de 2008, e porque em dezembro de 2009 foi registrado o melhor resultado do mês desde 1989, quando começou a ser calculada a média histórica.

Segundo Stephanes, esse pode ser um sinal de que os países estão voltando a aumentar o consumo de alimentos após a crise. Para o ministro, os estoques mundiais de alimentos estão muito baixos e, à medida que os países voltam a crescer, eles devem, por questão de segurança alimentar, recompor essas reservas, o que também beneficiaria países produtores como o Brasil.

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