ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Esportes

Após Operário não conseguir acesso à série A, presidente pode deixar cargo

Helton Verão | 04/11/2013 17:41
Eleições no fim de 2014 devem selar a saída do presidente do clube, que diz já preparar um substituto (Foto: Divulgação Operário)
Eleições no fim de 2014 devem selar a saída do presidente do clube, que diz já preparar um substituto (Foto: Divulgação Operário)

Após derrota e a eliminação no Campeonato Sul-Mato-Grossense da Série B e, consequentemente não ter conquistado o acesso à elite, o Operário terminou a competição em terceiro lugar. As constantes criticas ao longo dos anos, tanto de torcedores, quanto de cronistas esportivos, unidos aos resultados que não vieram, parecem que vem “surtindo efeito” e o presidente Toni Vieira, em um momento raro, já fala em deixar o comando do clube em 2014.

A gestão de Toni termina em dezembro do próximo ano e apesar de afirmar não ter interesse no cargo de presidente, ele já avisa que prepara um sucessor. “Ano que vem tem eleição. Não pretendo tentar me reeleger. Mas já planejo preparar alguém para dar seguimento ao meu trabalho”, avisa Vieira.

O presidente foi duro em suas críticas a um empresário, que segundo Toni, quer tira-lo do comando do clube para promover sua empresa. “É um vagabundo. Nem sócio torcedor ele é do clube para dizer por aí que quer ser presidente. É um comercialino disfarçado. A única coisa que ele quer é ganhar dinheiro para a empresa dele”, acusou o presidente.

De acordo com o estatuto do Operário Futebol Clube, para se eleger presidente, o candidato precisa ser sócio por pelo menos quatro anos. “Se ele quiser ser presidente tá bom, mas que se associe agora e tente em 2018”, sugere. Atualmente o clube possui 51 sócios e apenas estes podem participar da votação.

Satisfeito - Toni Vieira se diz satisfeito com os resultados da equipe neste Estadual, e voltou atacar a fórmula da disputa e a falta de incentivos como principais fatores pelo o insucesso do alvinegro. “Um campeonato mal formulado, onde os campeões apesar de primeiros em suas chaves se cruzaram na segunda fase e não fizeram a final. Fora que lutamos contra dois clubes (Ubiratan e Costa Rica) que receberam incentivo das prefeituras de suas cidades”, reclamou Toni.

Sobre ter aceitado este regulamento, Toni diz não ter lido o mesmo, que foi assinado pelo seu diretor de futebol na época, Alécio Farias, que inclusive foi demitido dias depois.

Segundo o dirigente, o Ubiratan recebeu R$ 120 mil, enquanto o clube de Costa Rica R$ 80 mil das prefeituras municipais. O Operário recebeu R$ 8 mil de uma empresa de engenharia. “Visitei mais de 300 empresas no Estado e fui conseguir apoio de uma de São Paulo. Ninguém se interessa pelo futebol aqui”, avalia.

Luz no fim do túnel - Agora, Toni diz esperar a desistência de algum clube da série A, para poder conseguir o acesso através de convite.

Vale lembrar que em 2011, o alvinegro conseguiu subir de divisão através de um convite da FFMS (Federação de Futebol de MS) substituindo ao Costa Rica, que desistiu da competição. Ironia, o time de Costa Rica é o outro clube que garantiu o acesso mais uma vez neste ano.

“De 12 ao dia 27 de novembro, os clubes tem o prazo para se pronunciar sobre a desistência. Aí sim será chamado o terceiro colocado da Série B e caso necessário em diante. Depois dessa data se alguém desistir, não será colocado nenhum clube lugar, pois já terá atingido os 45 dias antes do início da competição, como exige o estatuto”, explica o vice-presidente da FFMS, Marco Antônio Tavares.

O Itaporã chegou até anunciar que iria fechar as portas, transformando-se em uma possibilidade para os clubes da segunda divisão, mas anunciou novos responsáveis pelo futebol profissional. O clube promete, também, investir em melhorias no estádio Chavinha.

Agora uma reunião deve selar a dispensa de jogadores. “Dois jogadores que despertaram o interesse de clubes para disputar o Campeonato Paulista da Série A2. O Barueri deseja outros atletas também. Dois clubes do interior do estado fizeram contato e se não conseguirmos o acesso poderemos cede-los”, revela o presidente.

O zagueiro Reinaldo deverá assumir o posto de diretor do clube a partir de agora. Outro atleta que Vieira pretende transformar em dirigente é Alisson. “Se o acesso não vier, paciência, vamos lutar de novo na série B”, finalizou.

Nos siga no Google Notícias