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Esportes

Árbitra-assistente, Vanessa é atração garantida no Estadual da FFMS

Paulo Nonato de Souza | 12/01/2015 11:35
Depois de desenganada pelos médicos, a campo-grandense Vanessa de Abreu quer boas atuações no Estadual 2015 para voltar a ter chance em competições nacionais (Foto: Arquivo pessoal)
Depois de desenganada pelos médicos, a campo-grandense Vanessa de Abreu quer boas atuações no Estadual 2015 para voltar a ter chance em competições nacionais (Foto: Arquivo pessoal)

O Campeonato Estadual da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) vai começar no dia 01 de fevereiro e pelo menos fora de campo uma atração já está garantida. É a campo-grandense Vanessa de Abreu Amaral, de 29 anos, árbitra-assistente, que voltará atuar depois de ser desenganada pelos médicos em função de uma crise de hérnia de disco (estrutura em formato de disco localizada entre as vértebras que formam a coluna espinhal) em 2014.

“Vida nova em 2015 porque, para mim, 2014 foi um ano para não ser esquecido. Fiquei com a coluna travada. Nem conseguia andar de tanta dor que sentia. Vários médicos me disseram que não poderia mais praticar esporte e fui aconselhada a abandonar a arbitragem, mas felizmente não acreditei nisso. Comecei a fazer pilates (exercícios de fortalecimentos dos músculos) e depois de um mês eu já estava correndo”, disse.

Ainda no ano passado, com sete meses de exercícios físicos, Vanessa conta que chegou a trabalhar num jogo do Campeonato Estadual entre Corumbaense e Operário, mas a certeza da recuperação só veio mesmo nos testes físicos que realizou junto com os demais árbitros do quadro da FFMS em dezembro.

“Todas as mulheres para trabalhar em qualquer jogo de futebol masculino tem que fazer o índice masculino e
hoje estou apta a trabalhar no nosso Campeonato Estadual que vai começar em fevereiro porque fiz o teste com o mesmo índice dos homens, caso contrário eu estaria fora”, comemora.

Formada em Educação Física pelo IESF (Instituto de Ensino Superior da Funlec), Vanessa começou a atuar como árbitra-assistente da FFMS em 2004 e desde 2007 faz parte do quadro de arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Ela fez o curso de arbitragem quando estava na faculdade. “Fiz apenas como atividade extra-curricular, sem pretensão. Mas, até pelo fato das mulheres não serem bem aceitas no meio eu acabei me interessando, e gostei do desafio”, revela.

Sua inspiração para iniciar a carreira na arbitragem foi a paulista Ana Paula de Oliveira, que fez sucesso como bandeirinha no futebol brasileiro no início dos anos 2000.

“Com certeza a Ana Paula de Oliveira foi sim minha inspiração para atuar na arbitragem. Não só para mim, acredito que para muitas mulheres a Ana Paula sempre foi uma referência de postura em campo”, disse Vanessa.

Em 2013, ela atuou em todas as divisões do futebol Brasileiro, incluindo jogos envolvendo grandes clubes, como São Paulo x Coritiba, pela última rodada da Série A, e Palmeiras x Ceará pela última rodada da Série B.

PAIXÃO PELO ESPORTE - Vanessa lembra que sempre gostou de praticar esporte, qualquer que fosse a modalidade, mas era o futebol a grande paixão, e, claro, o sonho era ser jogadora de futebol.

“Eu jogava futebol na escola, com amigos do meu irmão e até na rua da minha casa. Meu brinquedo preferido não era boneca e sim a bola. Aos 8 anos eu já acompanhava os jogos que passavam na televisão e quando passava jogo feminino eu parava tudo e ficava vidrada na telinha. Como não temos um futebol feminino forte em nosso Estado, acabei na arbitragem”.

Segundo Vanessa, a meta em 2015 é fazer um bom trabalho em todos os jogos do Campeonato Estadual que venha a ser escalada para voltar a ter oportunidade de atuar em competições nacionais.

Antes de sofrer a lesão na coluna, o sonho de Vanessa era chegar ao quadro da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associados).

“Fazer parte do quadro da FIFA é o sonho de qualquer árbitro de futebol, mas depois de ser desenganada pelos médicos em 2014 meu foco mudou e passei a lutar para voltar a correr e fazer o que tanto amo que é a arbitragem, porque o que vier depois será consequência”, acredita.

O sonho de chegar ao quadro da FIFA pode ter ficado mais distante, mas não está descartado por ela.

“Se acontecer vou ficar muito feliz. Se atuar em jogos nacionais já é um sonho de todos os árbitros, imagina então poder trabalhar em nível internacional”.

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