Atleta de MS cumpre meta e traz 5 medalhas do Mundial de Luta de Braço
Chris Regiane Teodoro foi o maior destaque da delegação brasileira na competição realizada em São Vicente (SP)
Com cinco medalhas conquistadas, quatro de ouro e uma de prata, a sul-mato-grossense Chris Regiane Teodoro, de 50 anos, cumpriu sua meta no Mundial de Luta de Braço, realizado no último final de semana, em São Vicente (SP).
As medalhas ajudaram o Brasil a alcançar o segundo lugar na classificação geral, ficando atrás apenas da Rússia. Foram 23 medalhas conquistadas diante de 420 atletas de 52 países.
“Prometi cinco medalhas. Não falei a cor, mas do fundo do coração queria que fosse ouro. Agora me sinto 100% uma atleta de ponta vencedora”, comemora.
Os ouros foram nas categorias máster braços direito e esquerdo, e portadores de deficiência braços direitos e esquerdos. A prata foi pela categoria sênior no braço direito.
A medalha de segunda colocada ainda gera protestos pela bracista. Durante a final, a arbitragem considerou que Chris cometeu falta ao movimentar o braço na mesa. O presidente da Confederação Brasileira de Luta de Braço Halterofilismo, Humberto Panzetti, entrou com recurso para analisar as imagens da luta.
De acordo com o regulamento da competição, é preciso pagar US$ 50,00 para rever a luta e avaliar se houve erro da arbitragem. Pelas imagens constataram a falta de Chris que determinou a falta.
“Não posso reclamar, só nós sabemos como é difícil. Cada atleta pagou R$ 2.000 pra estar lá. O que me alegra é isso, a vontade de buscar, ninguém conseguiu mexer no meu braço”, diz orgulhosa.
São 10 anos disputando o Mundial de Luta de Braço e 30 medalhas ao longo da carreira. Para a competição do ano que vem, marcada para a Polônia, Chris promete. “Serão cinco ouros na Polônia. Só se tiver algo imprevisível”, reforça.
Mundialito – As medalhas em São Vicente garantiram a Chris Regiane o convite para participar do Mundialito marcado para o mês de novembro, na Espanha. A bracista ainda não confirma participação por falta de apoio. “Não tenho dinheiro, não sei se vou”, reclama.
“Os empresários têm que voltar o olhar para o esporte. Não é gasto, terá retorno. É um investimento, só amor a pátria não resolve”, esbraveja Chris, que treina na Academia Arena pela técnica Sônia Carvalho.
Durante o Mundial, o excesso de lutas gerou uma contusão no braço esquerdo. “É o braço menos preparado, é uma lesão muscular. Agora é fazer fisioterapia e descansar por um mês”.
Árbitro – O Mundial, em São Vicente, foi novidade para o árbitro sul-mato-grossense Magno de Brito Bastos. Foi a primeira vez que ele participou de uma competição internacional em 11 anos de carreira.
“Foi uma experiência muito boa, não tem como explicar. Jamais pensava que estaria ali onde só tem os melhores atletas de cada país”, comenta.
Pela participação inédita, Magno esteve no local como assistente de arbitral. Serão três anos de preparação para que possa assumir a arbitragem na competição. A convocação depende de seus desempenhos nos torneios nacionais.
