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Esportes

Corumbá encanta atletas do voo e pode entrar no circuito nacional

Aliny Mary Dias, de Corumbá | 23/11/2013 15:50
Atletas decolam do morro Tromba do Macaco. (Foto: Marcos Ermínio)
Atletas decolam do morro Tromba do Macaco. (Foto: Marcos Ermínio)

As competições de voo livre, uma das seis modalidades dos Jogos de Aventura do Pantanal, trouxeram atletas de vários cantos do país que viram em Corumbá um cenário perfeito para a prática do esporte. A expectativa das federações de voo e dos atletas é que o morro da Tromba dos Macacos faça parte do calendário nacional da modalidade.

Na disputa do Pantanal Extremo, 55 atletas se inscreveram para decolar de parapente e asa delta na sexta-feira (22) e hoje (22). Os vencedores serão os que completarem o percurso em menor tempo.

Para decolar da rampa da Tromba dos Macacos, os atletas precisam enfrentar 30 minutos de Corumbá até a fazenda onde o morro está localizado. Da sede da fazenda até o morro são 680 metros que só podem ser feitos com caminhonetes, com tração nas quatro rodas, de preferência.

Lá de cima a vista é de um Pantanal verde e horizonte que parece não ter fim. Todo o percurso dos parapentistas e amantes de asa delta é controlado por sistema GPS.

Atletas chegam a voar a 1 mil metros de altura (Foto: Marcos Ermínio)
Atletas chegam a voar a 1 mil metros de altura (Foto: Marcos Ermínio)

Um dos motivos do encanto por Corumbá é o minério de ferro que esquenta o pico do morro. O calor é um dos itens fundamentais para que o atleta ganhe altura e consiga fazer o voo o mais rápido e alto possível.

Flavio de Barros é o presidente da Federação Sul-Mato-Grossense de Voo Livre e conta que o tempo de percurso, em média, é de 1h20. “É um local com condições ótimas para voo e com um tempo bom para o atleta. A estrutura que temos hoje é inédita e isso vai trazer muitos atletas para Corumbá”, explica.

Pouso inesperado – Marcelo Silva Oliveira, de 50 anos, é de Campo Grande e se preparou para competir os Jogos de Aventura do Pantanal. Com pouco vento e o azar de uma corrente de vento ineseperada, o atleta teve de pousar na BR-262.

“Eu olhei para os dois lados e vi que não vinha pasto. Resolvi pousar e corri para o acostamento”, conta o atleta. A frustração de um pouso longe do destino final é comum entre os praticantes do voo livre.

Eduardo bateu o recorde mundial ao voar 9 horas seguidas (Foto: Marcos Ermínio)
Eduardo bateu o recorde mundial ao voar 9 horas seguidas (Foto: Marcos Ermínio)

“Nós acionamos os organizadores e falamos que estamos em segurança. Temos que lidar com isso porque tudo depende do vento”.

Recorde Mundial – Outro que vê em Corumbá um local propício para a prática do voo livre é o Eduardo Jacinto, de 38 anos. Com 11 anos de experiência nos céus de todo o país o atleta quebrou o recorde mundial de voo livre no mês passado.

Na ocasião Eduardo decolou da Paraíba e pousou no Ceará 9 horas depois. “O recorde que batemos voando 9 horas foi uma experiência incrível. Acreditamos que Corumbá pode entrar nesse calendário e também se tornar referência”, completa.

As competições do voo livre seguem durante a tarde de hoje e os campeões serão conhecidos às 19 horas na premiação, na Praça Generoso Ponce.

Atletas chegam a 1 mil metros de altura (Foto: Marcos Ermínio)
Atletas chegam a 1 mil metros de altura (Foto: Marcos Ermínio)
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