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Esportes

Final de Flag Football revela talentos que integram seleção brasileira

Christiane Reis | 12/11/2016 17:43
Quem ataca tem de chegar à end zone do adversário com a bola e as flags. (Foto: Marcos Ermínio)
Quem ataca tem de chegar à end zone do adversário com a bola e as flags. (Foto: Marcos Ermínio)

Equipes de Mato Grosso do Sul, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro participam neste fim de semana da Super Final do Circuito Nacional de Flag Football, modalidade do futebol americano. No total são 11 times, sendo seis femininos e cinco masculinos. Os jogos, que tiveram início neste sábado (12), ocorrem no Centro Olímpico da Vila Nasser, em Campo Grande. Os campeões serão conhecidos na tarde de domingo (13), após as partidas que ocorrem no sistema todos contra todos.

Para chegar à super final, as equipes participam primeiro de etapa regional, realizadas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste. Os campeões seguem para a próxima etapa chamada de playoffs, que funciona como uma seletiva para a super final. É a CBFA (Confederação Brasileira de Futebol Americano) que define o local de realização do último evento esportivo, após apresentação de projetos pelas regiões.

A super final define as melhores equipes do País e revela talentos que acabam integrando a seleção brasileira. Foi o que aconteceu com o Taísa Gomes Alencar, 19 anos, estudante, que no ano passado foi convocada pela seleção brasileira. “Eu jogava volei, mas minha prima praticava Flag e me convidou, fui conhecer, comecei a praticar e depois teve uma seletiva, participei e fui selecionada. Fiquei apaixonada pelo esporte. É como uma grande família”, disse ela, que integra uma das equipes de Campo Grande. 

Taísa (de branco) e Suelem (de vermelho) foram convocadas para a seleção brasileira feminina de Flag Football. (Marcos Ermínio)
Taísa (de branco) e Suelem (de vermelho) foram convocadas para a seleção brasileira feminina de Flag Football. (Marcos Ermínio)

O mesmo ocorreu com Suelem Dávalos Guibu, 33 anos, que é professora. “Jogava basquete e quando parei estava conhecendo outros esportes, nessa ocasião fui convidada por amigos a conhecer o Flag. Gostei. A dinâmica é parecida com a do basquete e considerei um esporte fácil de entender”, avaliou ela, que integra outra equipe da Capital.

Integrantes da seleção brasileira, as duas atletas aguardam a participação no próximo mundial, realizado a cada dois anos. “Este ano foi em Miami, nós participamos e ficamos em 6º lugar”, contou Suelem Guibu. O local do próximo mundial ainda não foi definido.

Início – Segundo o técnico de uma das equipes da Capital, Pedro Loureiro, que também é atleta, tudo começou com a prática do futebol americano pelo meninos, depois elas manifestaram interesse e então começou o treino do Flag feminino em 2012.

“No fim de 2012 começamos a participar dos campeonatos, em 2013 participamos do circuito nacional e obtivemos o 5º lugar no Brasil; em 2014 ficamos em 3º e no ano passado em 3º de novo”, contou. Pedro Loureiro é uma das pessoas que atua na difusão do esporte por aqui.

As flags devem ser 'roubadas' pela equipe adversária. (Foto: Marcos Erminio)
As flags devem ser 'roubadas' pela equipe adversária. (Foto: Marcos Erminio)
Na arquibancada, atletas que aguardam a hora de entrar em campo. (Foto: Marcos Ermínio)
Na arquibancada, atletas que aguardam a hora de entrar em campo. (Foto: Marcos Ermínio)

Dinâmica – Lidiane Lira, uma das organizadoras do evento em Campo Grande, contou que o FlagFootball, embora seja uma modalidade do futebol americano é um esporte sem contato, ou seja, nada de trombar nos adversários. O objetivo é desviar dos adversários chegar à chamada end zone deles com as flags e com a bola.

“Essa modalidade é utilizada nas escolas dos Estados Unidos de forma lúdica, com as crianças”, detalhou Lidiane Lira. Ela completou que as partidas são divididas em dois tempo de 20 minutos cada.

Nesse período cada equipe tem quatro oportunidades para chegar ao meio do campo e quando isso ocorrer tem mais quatro chances para tentar alcançar no end zone do adversário, quando isso acontece a equipe marca o chamado touchdown. Caso não consiga converter perde a chance de ataque e então o adversário terá vez.

O casal não entendia muito a dinâmica do jogo, mas gostou e deve retornar amanhã. (Foto: Marcos Ermínio)
O casal não entendia muito a dinâmica do jogo, mas gostou e deve retornar amanhã. (Foto: Marcos Ermínio)

Novidade – Para alguns moradores da Vila Nasser o esporte é uma novidade. “ Não estou entendendo nada, mas confesso que é animado e divertido”, disse o pedreiro Adão Noel Gomes Rodrigues, 60 anos. Ele e a esposa foram caminhar no Centro Olímpico do bairro e ficaram sabendo da Super Final. “Eu estou gostando bastante vou ficar até acabar e amanhã pretendemos voltar”, disse a esposa dele Acilda Carmem Xavier Rodrigues, 58 anos, dona de casa.

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