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Esportes

Gestão compartilhada deve ser a saída para Vila Olímpica em Dourados

Fabiano Arruda | 28/11/2011 16:29

Administração seria feita entre prefeitura, Estado e União. Convênio deve ficar pronto apenas na semana que vem

Complexo foi inaugurado em 9 de maio deste ano e não funciona desde então. (Foto: Divulgação)
Complexo foi inaugurado em 9 de maio deste ano e não funciona desde então. (Foto: Divulgação)

A solução para o impasse que envolve a Vila Olímpica Indígena de Dourados pode ser a assinatura de convênio que prevê que a administração seja feita por prefeitura, governo do Estado e governo federal.

A gestão da vila foi tema de reunião nesta segunda-feira em Dourados. O encontro apontou algumas soluções, no entanto, novas reuniões para discutir o assunto serão realizadas até sexta-feira. A previsão é que o convênio final fique pronto apenas na semana que vem.

Uma das saídas discutidas é a prefeitura de Dourados assumir a administração da Vila Olímpica, auxiliada pela injeção de recursos do governo federal por meio de programas.

A administração municipal, no entanto, não confirma a informação. Defende que a gestão deva ser tripartite, além de garantir que o local precisa de investimentos.

Segundo informações da prefeitura, outra saída indicada foi que a Vila Olímpica seja gerida por um conselho formado por indígenas.

Técnicos da Funai (Fundação Nacional do Índio) e Funced (Fundação Cultural e de Esportes de Dourados) também debatem nesta semana como funcionará o projeto Segundo Tempo, que visa atender 1,4 mil crianças.

Ainda conforme informações da prefeitura de Dourados, na quinta-feira, o secretário de Planejamento de Dourados, Antonio Nogueira, vai manter uma reunião com o ministro dos Esportes, Aldo Rabelo, para estabelecer critério que serão adotados para a abertura da Vila Olímpica prevista para fevereiro do ano que vem.

Imbróglio - Participaram da reunião desta segunda-feira o prefeito Murilo Zauith (PSB), o procurador do MPF (Ministério Público Federal), Marco Antônio Delfino de Almeida, e o secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos. O órgão é ligado à Secretaria-Geral da Presidência da República.

Antes deste encontro pelo menos outros quatro já haviam sido realizados.

Inaugurada em 9 de maio e fechada desde então, a Vila Olímpica Indígena de Dourados, que teve investimento de R$ 1,6 milhão, não funciona devido ao impasse de qual órgão será responsável pela administração.

À época do contrato para liberação de recursos, em 2006, a prefeitura de Dourados, administrada por Laerte Tetila, teria assumido a responsabilidade da gestão, que deve girar em torno de R$ 4 milhões por ano.

A Vila Olímpica fica localizada entre as aldeias Jaguapiru e Bororó. Com 29 mil metros quadrados, o complexo é dotado de uma quadra de esportes de estrutura metálica, campo de futebol, pista de atletismo, quadra de vôlei de areia, parque infantil, vestiários, banheiros adaptados e ainda um prédio administrativo.

Os recursos vieram do Ministério do Esporte e foram viabilizados por meio de emendas parlamentares do deputado federal Geraldo Resende (PMDB).

Dourados é o município com a maior população indígena do País, em torno de 12 mil índios das etnias guarani, kaiowá e terena. Esse foi um dos motivos para a cidade ser escolhida para receber a primeira vila olímpica. Além disso, a reserva local é considerada como uma das mais violentas do Brasil e o esporte é uma forma de tentar mudar esse quadro.

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