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Esportes

MS "fabrica e exporta" talentos da natação a partir dos 15 anos

Helton Verão | 07/02/2014 08:49
João Vitor Pena, aos 14 anos já sofre o assédio de clubes do sudeste, mas até o final deste ano segue no Rádio Clube
João Vitor Pena, aos 14 anos já sofre o assédio de clubes do sudeste, mas até o final deste ano segue no Rádio Clube

A natação de Mato Grosso do Sul tem o status de formação de atletas para "exportação" a partir dos 15 anos. A falta de uma piscina de 50 metros profissional e a falta de investimento são os principais motivos de não segurar esses jovens talentos no Estado e quando chegam ao profissional já estão representando os clubes do sudeste.

O caso mais recente dessa "exportação" é York Correa, 15 anos. Ele treinava pelo Rádio Clube e se mudou para São Paulo, onde é atleta do Esporte Clube Pinheiros. Se junta a Jackson Alba Júnior, 16 anos que se transferiu ao clube paulista no ano passado. “Isso já é natural para nós, somos formadores, sobreviver da natação aqui é impossível. Isso que o Rádio Clube ainda tem uma estrutura invejável em comparação a outros clubes”, lamenta o técnico Cassio Castro.

Na foto Jackson antes de ir para o Pinheiros, o técnico Cássio Castro e York
Na foto Jackson antes de ir para o Pinheiros, o técnico Cássio Castro e York

Outra joia, João Vitor Pena, 14 anos, já foi assediado pelo Pinheiros, mas o Rádio Clube recomendou aos responsáveis pelo atleta para esperar um pouco. “Nos últimos cinco anos, o Rádio Clube sempre exportou para os grandes do sudeste. Eles já treinam pensando em ir para fora”, exalta o técnico Castro.

York chamou a atenção dos grandes clubes após bons resultados no Brasileiro Infantil. Ele foi finalista nos 100 e 200 metros livres; e bronze nos 50 livres. Jackson Alba nas últimas seis edições de competições nacionais, foi prata nos 50 e 100 metros livres e bronze nos 100 metros borboleta.

O treinador Cássio crê que este ano vai ser melhor que o passado e que apesar desse quadro de "exportador", Mato Grosso do Sul está muito a frente de outros estados e regiões. “Nosso caso é muito melhor que outros estados, como Mato Grosso e os nordestinos, comparando com estes estamos a frente ainda”, avalia Castro.

Olimpíadas à vista – Os nadadores da atual categoria juvenil miram as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, quando terão idades para bater de frente com os profissionais. “Já temos nomes que são grandes candidatos, como o douradense Lucas Kanieski, do Minas Tênis Clube, e o Leonardo de Deus, do Corinthians. Mas os nadadores do juvenil tem a esperança de até lá consegui bons desempenhos e também ir a Olimpíada” comenta.

Neste sábado irá acontecer uma assembleia onde será traçado o calendário das competições da natação de Mato Grosso do Sul. A Fedams (Federação de Desportos Aquáticos de Mato Grosso do Sul), prevê cerca de 20 competições. “Vamos definir quantas disputas irão acontecer no Estadual, quando receberemos a edição do Centro-Oeste, também já sabemos que iremos receber o Brasileiro Máster, em novembro”, antecipa o presidente da Fedams, Jefferson Borges.

“Todo início de ano as expectativa são sempre as melhores. Mas só vamos ter noção quando acontecer a primeira competição. A expectativa é de revelar cada vez mais atletas para a natação brasileira”, almeja Borges.

Atualmente, de acordo com a Fedams, cerca de 300 atletas estão federados e outros 200 estão vinculados para disputa de competições que não exigem serem federados.

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