MS mantém tabu indigesto de nunca ter equipe na 2ª fase da Copinha
Com a eliminação do Sete de Setembro da Copa São Paulo de Futebol Júnior na tarde de ontem, Mato Grosso do Sul manteve um incômodo jejum: nunca uma equipe do Estado conseguiu avançar à segunda fase da competição.
Principal torneio de base do Brasil, a Copinha teve sua primeira edição em 1969, só com equipes de São Paulo. Em 71, foi aberta a times de outros estados.
A primeira participação de um clube sul-mato-grossense no torneio foi no início da década de 80, com o Operário. Depois disso, houve um hiato até 1999, quando o Taveirópolis disputou a Copa.
“Quando pegamos a federação, conseguimos uma vaga para um time de Mato Grosso do Sul”, aponta Marco Antônio Tavares, vice-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul). “Antes a federação simplesmente não trabalhava”, critica.
A partir de 2005, ainda de acordo com o dirigente, Mato Grosso do Sul conseguiu colocar dois representantes na competição, porém, o jejum se manteve e nenhuma equipe sul-mato-grossense foi bem no torneio.
Desde então, vários tentaram, principalmente o Cene, que disputou cinco edições. Nas melhores participações, em 2006 e 2008, o Furacão Amarelo venceu duas partidas, perdeu uma e acabou eliminado no saldo de gols.
2011 - Este ano, Aquidauanense e Sete de Setembro, de Dourados, representaram Mato Grosso do Sul na competição. O Sete empatou duas, perdeu uma e terminou na lanterna do grupo K.
Pelo grupo I, o Aquidauanense, que empatou com o Flamengo na estreia, perdeu as duas partidas seguintes e também deu adeus à competição de maneira prematura.
“Não acho que a participação desses times tenha sido ruim. O Aquidauanense foi muito bem pela chave que tinha”, aponta Tavares.
Para ele, o desempenho do Sete poderia ter sido melhor caso o clube aceitasse a ‘seleção’ que os dirigentes pretendiam montar.
O Aquidauanense, por exemplo, contou com jogadores do Águia Negra e Misto. Já o Tricolor douradense foi com uma equipe 100% caseira para a disputa.