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Esportes

Nova gestão tem meta de devolver vida a parques deteriorados da cidade

Amanda Bogo | 20/01/2017 15:21
No Parque Tarsila do Amaral, norte da cidade, complexo aquático está fechado; mas este não é único problema dos parques da cidade (Foto: Alcides Neto)
No Parque Tarsila do Amaral, norte da cidade, complexo aquático está fechado; mas este não é único problema dos parques da cidade (Foto: Alcides Neto)
Rodrigo Terra, à frente da Funesp, diz que meta é envolver a comunidade na rotina dos parques (Foto: André Bittar)
Rodrigo Terra, à frente da Funesp, diz que meta é envolver a comunidade na rotina dos parques (Foto: André Bittar)

Aproximar os campo-grandenses das praças esportivas da cidade e fazer com que os locais se tornem centros de convivência, em que programas de esporte e lazer possam atender ao menos 20 mil pessoas por ano. Esta é a meta do novo diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), Rodrigo Terra, que integra o time do prefeito, Marquinhos Trad (PSD), que assumiu em 1º de janeiro.

Sob responsabilidade da Funesp há 11 parques para cuidar. São eles: praças Belmar Fidalgo, Elias Gadia, parques Tarsila do Amaral, Jacques da Luz, Ayrton Senna, Sóter, o ginásio Guanandizão, CEFAT (Centro de Formação do Atleta), Centro Olímpico Rui Jorge da Cunha e o Autódromo de Campo Grande.

Pelo menos quatro destes espaços têm problemas que podem ser considerados mais complicados. O Estádio Jacques da Luz, nas Moreninhas, está sem os laudos de segurança; bem como os parques Tarsila do Amaral e Ayrton Senna, onde os complexos aquáticos estão fechados. Ainda há o Ginásio Guanandizão, que está com a quadra interditada devido a problemas hidráulicos.

A meta é colocar tudo a pleno funcionamento. Além disso, ter profissionais que ajudem frequentadores a usar melhor os espaços.

Estes especialistas, diz Terra, terão a missão de implantar projetos que ensinem práticas esportivas ou proporcionem lazer à população nos parques. Para começar, a meta é envolver 1 mil usuários de diferentes faixas etárias nestas atividades, até chegar em 2020 com 20 mil "pessoas atendidas", como ele define.

Tudo, no entanto, ainda na frase 'da prancheta', ou seja, no campo dos projetos e ideias. “Mesmo com partes interditadas, que são os principais atrativos, esses locais funcionam parcialmente. É um pecado estar assim, foram locais com investimento público que não foi barato e, hoje, está desta forma por descuido e falta de atenção", analisa.

Parque Ayrton Senna, no Aero Rancho; funcionamento parcial e subaproveitado (Foto: Alcides Neto)
Parque Ayrton Senna, no Aero Rancho; funcionamento parcial e subaproveitado (Foto: Alcides Neto)
Belmar Fidalgo vazio; ideia é que projetos atraiam mais frequentadores (Foto: Alcides Neto)
Belmar Fidalgo vazio; ideia é que projetos atraiam mais frequentadores (Foto: Alcides Neto)

Conhece o assunto – Terra tem conhecimento de causa. Acostumados a lidar com eventos esportivos, é formado em educação física pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), mestre em educação pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e doutor em ciências do exercício e do esporte pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). 

Na área pública, trabalhou à frente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), no Ministério do Esporte, em Brasília (DF). Também foi assessor especial da Prefeitura de Corumbá antes de chegar à Funesp.

Terra e a bandeira da cidade, ao fundo; "vamos conversar com as lideranças comunitárias" (Foto: André Bittar)
Terra e a bandeira da cidade, ao fundo; "vamos conversar com as lideranças comunitárias" (Foto: André Bittar)

Gente e obras – Para começar a implantar os projetos, será preciso primeiro colocar a casa em ordem. Além de ir atrás de dinheiro para isto.

O diretor-presidente diz que não tem como precisar um prazo para que obras sejam realizadas neste momento. A fundação tem orçamento anual de R$ 17,8 milhões, mas precisa de mais: “são obras grandes, que não são simples e precisam de investimento, é complicado pensarmos nisso enquanto o salário dos funcionários está atrasado e falta remédio nos postos de saúde”, diz o realista chefe da Funesp.

Depois, a proposta é colocar cinco profissionais da área de educação física, entre contratados, comissionados e concursados, em cada um dos parques esportivos cumprindo 20 horas semanais. Dois administradores serão responsáveis por monitorar os trabalhos, enquanto uma equipe da diretoria de administração de equipamentos fará visitação para levantar as principais necessidades de cada pólo.

Até mesmo o fluxo atual de pessoas nos parques da cidade é uma incógnita. Que promete ser desvendada a partir deste mês, quando os dados devem começar a ser colhidos.

Envolver a comunidade também exige contato direto com ela. "Queremos conversar com os moradores, porque são as lideranças comunitárias que irão definir o que fica melhor para cada local. Queremos discutir com a comunidade por meio de conselhos gestores a funcionalidade dos parques, os horários de abertura. Vamos trabalhar com quadro de horários, onde cada dia da semana terá uma aula para um grupo determinado de alunos".

Terra finaliza dizendo que o trabalho é para que os locais deixem de ser apenas centros esportivos e passem a ser também locais de convivência dos campo-grandenses. "Estamos vendo três grandes programas para que existam manifestações do esporte em todos os locais. Primeiro trabalhamos com os parques, mas em seguida queremos que as praças sejam sub núcleos de onde saem as ações. Queremos que a população vá para lá para conversar, fazer amizade, discutir problemas da região".

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