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Esportes

Parece diversão, mas é boliche levado a sério por quem compete em MS

Gabriel Neris | 21/07/2012 10:04
Campo Grande conta com apenas um local para praticar a modalidade (Foto: Rodrigo Pazinato)
Campo Grande conta com apenas um local para praticar a modalidade (Foto: Rodrigo Pazinato)

Entretenimento para uns, esporte para outros. Assim é o boliche, que reúne adeptos de todas as idades. Em Campo Grande, um grupo de amigos decidiu praticar o esporte, mas não para diversão. O espírito competitivo falou mais alto e eles representam Mato Grosso do Sul em competições realizadas Brasil afora.

Toninho Meneghini, Mário Testa, Marcos Nemerski e Rodrigo Paza se reúnem todas as terças-feiras no Strike Boliche para treinar. São de quatro a cinco horas exaustivas para manter o ritmo de competição. Entretanto, Meneghini acha pouco. “Atletas de ponta treinam de três a cinco dias por semana, ou até todos os dias”, conta.

A falta de treinamento durante a semana tem explicação. Com apenas um estabelecimento no ramo em Campo Grande, os jogadores afirmam que não todas as vezes que podem treinar por questão financeira. A participação de cada um em competições fora da cidade também é por conta própria de cada atleta. “É um esporte caro. O que faz a diferença é o dinheiro. Em cada pagamos em média de R$ 4 mil, entre hospedagem, alimentação e inscrição”, reclama Meneghini.

Para iniciar na modalidade, os jogadores contam que o primeiro passo é comprar as próprias bolas de boliche. Os sapatos utilizados para jogar também são adaptados. O pé-esquerdo é deslizante, enquanto o outro é anti-deslizante. “Os sapatos custam em média R$ 580. Cada bola varia entre R$ 600 e R$ 700”, diz Testa.

Apesar das dificuldades, o grupo se orgulha das conquistas obtidas. No ano passado Mato Grosso do Sul foi campeão da Taça Brasil de Seleções. Este ano, a expectativa é o buscar o título do Campeonato Brasileiro de Seleções. “Temos disputado outro torneio, mas o objetivo mesmo é o Brasileiro de Seleções em Belo Horizonte”, afirma Meneghini. A competição será realizada entre os dias 15 e 18 de novembro.

Mato Grosso do Sul disputou no mês de abril o Campeonato Brasileiro de Tercetos, em Brasília. Os resultados não foram satisfatórios. “O nível foi alto demais, ficamos em último”, detalha Nemerski.

Mário Testa integra o grupo de adeptos do boliche campo-grandense (Foto: Rodrigo Pazinato)
Mário Testa integra o grupo de adeptos do boliche campo-grandense (Foto: Rodrigo Pazinato)

Esperança - Capital do estado, mas atrás de Dourados. Pelo menos no número de participantes e visibilidade da modalidade, Campo Grande está atrás. A Federação de Boliche de Mato Grosso do Sul foi transferida há dois anos para a segunda maior cidade do estado, e atualmente é presidida por Gilson Domingos do Mar.

O número de adeptos também impressiona. Enquanto na Capital são cerca de 50 jogadores, em Dourados o número de participantes chega a 80. “Era pra ser o contrário, mas Dourados está melhor”, avalia Testa. Segundo ele, em Dourados são dois locais para praticar a modalidade.

Para comprovar a superioridade douradense, competidores do município foram vencedores do Campeonato Brasileiro de Clubes da Segunda Divisão, disputado em São Paulo.

Enquanto não alcança o nível de estrutura de Dourados, a turma campo-grandense se ajuda da forma que pode. “Cada um tem seus equipamentos, mas nós vamos um ajudando o outro, corrigindo, passando informações”, encerra Nemerski.

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