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Esportes

Projeto para formar atletas de alto nível terá R$ 1,2 milhão por ano

Francisco Júnior e Fabiano Arruda | 16/08/2012 10:31

Atletas mirins durante solenidade na governadoria. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Atletas mirins durante solenidade na governadoria. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O governador André Puccinelli (PMDB) assinou nesta manhã (16) projeto de lei que cria o MS Atleta Estadual, programa que visa incentivar modalidades olímpicas e paralímpicas individuais e coletivas, tanto na categoria estudantil, quanto para aqueles que treinam esporte de rendimento.

O orçamento anual previsto para o programa é de R$ 1,2 milhão. No total serão beneficiados 150 atletas estudantis com bolsa no valor de R$ 350 por mês e 50 atletas profissionais, que receberão R$ 800 todo mês.

De acordo com o presidente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), Flávio Britto, o dinheiro para o Bolsa Atleta vem da economia de 20% feita pelas secretarias determinada pelo governo no mês de julho deste ano.

O presidente explicou que o critério para seleção dos atletas que irão receber o auxilio será o rendimento em competições e a classificação nos ranking das modalidades. Segundo ele, serão priorizados os esportes olímpicos e um conselho gestor vai administrar essa concessão de benefício.

Questionado sobre a pequena participação de atletas do Estado, apenas quatro, que integraram o grupo que participou das Olimpíadas de Londres, ele disse que o Estado é novo, tem muito por fazer e que a Fundesporte incentiva os atletas através das federações. De acordo com ele, praticamente todos os esportes acontece com apoio da fundação.

O paratleta Rodrigo Figueiredo destaca o incentivo do Bolsa Atleta. (Foto: Rodrigo Pazinato)
O paratleta Rodrigo Figueiredo destaca o incentivo do Bolsa Atleta. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Ele confirmou que os atletas daqui se destacam hoje nas competições conseguiram resultados com treinar fora do Estado e com recursos próprios.

A solenidade de assinatura do programa realizada hoje de manhã, na governadoria reuniu atletas e presidentes de federações.

Para Cris Regiane, competidora da modalidade luta de braço, esse incentivo é importante para que os atletas possam se dedicar ao esporte. Porém, pondera com relação às perspectivas referentes aos resultados do projeto. “Isso não vai sortir resultados logo. Daqui uns 10 anos vai sentir os efeitos mais práticos desse incentivo”, disse.

Para a também lutadora de braço Soninha os atletas precisam desse incentivo desde o começo para conseguir chegar em competições com condições de brigar pelas melhores colocações.

O paratleta Rodrigo Figueiredo disse que esse projeto é um divisor de águas no esporte do Estado e vem incentivar quem já consegue se destacar em campeonatos com o próprio esforço. Segundo ele, no caso do paraatletismo é um incentivo social. “É uma luz no fim do túnel. Por mais que não seja um grande valor, a bolsa vai ser muito importante para os competidores de alto nível representar MS”, destacou.

Emilio China, vice campeão mundial no jiu–jitsu na categoria super pesado, comemora esse benefício, afirmando que esse tipo de incentivo é um sonho almejado pelos atletas. Com 18 anos dedicado a artes marciais, ele disse que quando era jovem se tivesse esse tipo de patrocínio, teria conseguido melhores resultados.

Ele acredita que seja preciso fazer uma inversão de valores com relação as verbas destinadas a cada modalidade esportiva. “Um judoca que ganha R$ 3 mil vai para as Olímpiadas e ganha medalha e os jogadores de futebol que ganham milhões não conseguem”, disse.

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