Rosa pink e velocidade se misturam no autódromo de Campo Grande
Em um mundo geralmente masculino, ela acaba se destacando. Há três anos, Michelli de Jesus, 31 anos, é piloto oficial de uma das equipes Mercedes-Benz. Em Campo Grande, pronta para disputar a sexta etapa do Campeonato Brasileiro Grand Turismo, ela conta que a escolha da nova profissão, não era um sonho de infância.
“Foi uma opção. Eu sempre tive oficina mecânica e depois de assistir durante muitos anos às corridas da arquibancada, decidi que iria correr”, esclarece.
A feminilidade não foi deixada de lado, apesar dos roncos do motor. Começando pela cor, rosa pink, a equipe chama a atenção. Michelli conta que tudo começou como uma homenagem.
“Foi uma forma de homenagear as filhas de outros pilotos”.
Segundo ela, a cor agora passou a ser uma identificação, além de agradar. “Acabo atraindo muitas fãs mirins”.
Na oitava posição do campeonato, Michelli garante que a colocação é excelente para quem participa pela primeira vez do brasileiro.
Respeito é o que faz ela se sentir tão confortável no meio dos homens, como explica. “É como uma família. Existe respeito e não tem porquê se sentir mal ou sentir alguma dificuldade”, resslata.
Sergio Martinez, o outro piloto da equipe de Michelli, destaca que entre os dois o que existe é apenas parceria. "É uma boa companheira de equipe", afrima.
Apesar do toque feminino, a equipe garante, claro, que as regras e treinos são as mesmas para todos, inclusive a determinação para ganhar.