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Esportes

Sem incentivos em MS, atleta pode treinar com medalhistas olímpicos

Helton Verão | 23/10/2013 17:40
Só em 2013 Saymon conquistou sete troféus, quatro deles sendo no lugar mais alto do pódio (Foto: Arquivo Pessoal)
Só em 2013 Saymon conquistou sete troféus, quatro deles sendo no lugar mais alto do pódio (Foto: Arquivo Pessoal)

Um jovem talento do Vôlei de Praia de Campo Grande está a um passo de fazer parte da equipe dos medalhistas olímpicos Márcio e Ricardo. Aos 20 anos, com 2,02 de altura, Saymon Barbosa recebeu o convite para um teste, do treinador da dupla, Ronald Rocha. Sem pensar duas vezes, o jovem aceitou, já que se sente isolado, sem patrocínio e visão em Mato Grosso do Sul.

No último fim de semana junto de seu parceiro de dupla Márcio, Saymon conquistou mais um título, dessa da etapa de Maringá (PR) do Circuito Brasileiro Sub-21 de Vôlei de Praia. O feito, o quarto título em 2013 chamou a atenção de Ronald, que fez o convite.

O dia do teste, sem dúvidas um dos mais esperados da vida do jovem, está marcado para 20 de novembro. Enquanto isso o atleta mantém a forma treinando nas praias do Recife, com um treinador particular. “O técnico ficou sabendo do meu potencial e dos resultados e me convidou para um teste. Pra não dizer q nunca recebi um incentivo aqui, ganhei uma passagem apenas uma vez, no mais sempre o dinheiro saiu do meu bolso. Além de ter praia para treinar, lá o nível é mais alto”, avalia Saymon.

O jovem começou nas quadras, atuando pelo Dom Bosco, há três anos mudou para areia
O jovem começou nas quadras, atuando pelo Dom Bosco, há três anos mudou para areia
Com 2,02 de altura, seu bloqueio é o ponto forte
Com 2,02 de altura, seu bloqueio é o ponto forte

O jogador, mesmo com 20 anos, já conquistou o títulos nacionais no Sub-23 e sul-americanos segue se bancando com a ajuda de amigos e familiares. “Um dia ainda tenho esperança de sobreviver somente com a vida de atleta. Em Mato Grosso do Sul os valores mais altos que pagam aos vencedores é de R$ 300, enquanto nos grandes centros e no litoral a premiação chega a R$ 1,6 mil”, diferencia Saymon, que em Campo Grande dividia os treinamentos com o trabalho na garagem de automóveis do pai.

Antes de chegar as areias, Saymon jogava vôlei de quadra pelo colégio Dom Bosco, para não ser mais um, resolveu investir na modalidade. “Na quadra a concorrência era grande, não queria ser mais um. Adaptei-me muito bem a areia também e aqui estou já fazem três anos”, revela o atleta que tem como ponto forte o bloqueio.

Saymon não esconde a ansiedade por treinar com os medalhistas olímpicos, Márcio foi vice-campeão, em Pequim, em 2008. Ricardo conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Atenas, em 2004. “Me espelho muito neles, sou muito fã também do ex-jogador Alex”, conta.

Só em 2013 Saymon Barbosa já conquistou sete troféus, quatro primeiros lugares, dois vices e um terceiro. “Meu sonho maior, sem dúvidas, é jogar uma Olimpíada”, finaliza.

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