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Esportes

Total de público no Estadual este ano é menor que a média do Goiano

Em MS, cinco jogos atraíram 5 mil torcedores, enquanto os goianos levaram 26 mil às arquibancadas no mesmo número de partidas

Thiago de Souza | 23/02/2016 16:03
Corumbaense e Águia Negra teve 2.586 torcedores e foi o maior da primeira rodada. (Foto: Divulgação)
Corumbaense e Águia Negra teve 2.586 torcedores e foi o maior da primeira rodada. (Foto: Divulgação)
Poconé e Cacerense jogou sob os olhares de 437 torcedores em Poconé. (Foto: Só Notícias/MT)
Poconé e Cacerense jogou sob os olhares de 437 torcedores em Poconé. (Foto: Só Notícias/MT)

A primeira rodada do Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol, que começou dia 31 de janeiro e ainda nem terminou por problema em um dos estádios, atraiu 5.042 torcedores em cinco partidas, segundo dados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. A média chega a 1 mil pessoas por jogo, isto se não for levado em conta que 2.586, ou seja, mais da metade, ocuparam a arquibancada do Estádio Arthur Marinho, em Corumbá, no dia 10 de fevereiro, para ver Corumbaense e Águia Negra, quando o time da casa perdeu por 1 a 0.

O total de público da primeira rodada do estadual de MS, onde o ingresso não custa mais que R$ 20, sequer chega à média registrada nos campos de Goiás, por exemplo, que foi de 5,2 mil pessoas. Se a comparação com o Estado da região Centro-Oeste onde o futebol é mais popular já soa desanimadora, em relação aos grandes centros fica ainda pior: Flamengo e Fluminense levaram 32 mil torcedores, no domingo (21), para jogo pelo Campeonato Carioca, disputado no Mané Garrincha, em Brasília (DF).

No Estado vizinho, Mato Grosso, os números também não foram muito generosos. No estado que ostenta a Arena Pantanal, estádio de Copa do Mundo, foram apenas 4.353 torcedores para o mesmo número de partidas na primeira rodada do mato-grossense.

Em relação aos goianos, é preciso, considerar as devidas proporções ao comparar o futebol de Goiás com Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O time do Goiás, o de maior expressão do Estado, disputa a Série A do Campeonto Brasileiro repetidas vezes. Já chegou ao nono lugar na Libertadores da América, em 2006. Além disso, o Vila Nova e o Atlético Goianiense também são clubes com boas participações na Série B do Brasileiro e na Copa do Brasil.

Nos três estados, o jogo que mais atraiu público durante a primeira rodada dos estaduais deste ano foi o clássico da cidade de Anápolis, em Goiás, entre Anapolina e Anápolis. Foram 10.476 pagantes.

O vice-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Marco Antônio Tavares, diz que o total de 5 mil pagantes registrado durante a primeira rodada em MS é bom. “É um número legal dentro do que temos feito ano a ano. Nós e os clubes incentivamos as promoções de ingresso, inclusive nas escolas dando ingresso para a criança levar o pai ao estádio”.

O dirigente disse ainda que a competição local sofre a concorrência de transmissões futebolísticas nacionais e até internacionais. “Amanhã (quarta-feira, 24) na hora do nosso jogo tem quatro ou cinco times jogando. Tem o jogo do São Paulo e tem até o Barcelona”, justificou.

Tavares disse que, se a Copa do Mundo tivesse sido realizada aqui, o cenário do futebol continuaria o mesmo, ou até pior. “Esse legado a Copa não deixou em lugar nenhum. Um exemplo é Mato Grosso. É preciso entender que fomentar o futebol não é só dar um estádio, tem todo um contexto em volta”, pontuou.

Entramos em contato, por telefone e e-mail, com a Federação de Futebol do Estado de Mato Grosso para saber se a Copa do Mundo alavancou o futebol local. Porém, até o fechamento desse texto não recebemos resposta.

Arena cara – Com a Copa do Mundo em 2014, Mato Grosso ganhou a Arena Pantanal, em Cuiabá, inaugurada com capacidade para 43 mil pessoas. O maior evento de futebol do planeta não foi suficiente para fomentar o esporte local, que, pela quantidade de público presente nos estádios, ainda deixa a desejar.

Exemplo disso é o jogo válido pela primeira rodada do Campeonato Mato-grossense 2016, no dia 31 de janeiro. A rodada foi dupla e teve média de 1.034 pessoas por partida na Arena Pantanal.

Na ocasião, Dom Bosco enfrentou o Cuiabá e o Operário de Várzea Grande encarou o Mixto. Também na primeira rodada da competição, o Poconé empatou com o Cacerense em 3x3, sob o olhar de apenas 437 pessoas, no Estádio Neco Falcão, em Poconé.

A Arena Pantanal custou R$ 628 milhões. O custo de manutenção do local estava em torno de R$ 300 mil mensais, em fevereiro de 2015. Desde a Copa do Mundo, o estádio arrecadou R$ 380 mil, o que gerou prejuízo de R$ 1,4 milhão, até ano passado.

No estádio, onde o futebol local deveria ser o ator principal, quem brilhou mesmo foi o futebol americano. Cerca de 14 mil pessoas assistiram a final da Superliga Centro-Sul do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, onde o Cuiabá Arsenal perdeu para o Coritiba Crocodiles de 13 a 7

Jogo entre Operário de Várzea Grande e Mixto atraiu 1034 torcedores. (Foto: Olhar Direto)
Jogo entre Operário de Várzea Grande e Mixto atraiu 1034 torcedores. (Foto: Olhar Direto)
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