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Esportes

Treinador no Brasil não precisa de bom trabalho; só de resultado, diz Zé Mário

Paulo Nonato de Souza | 15/05/2015 08:27
Ex-jogador e atual presidente da Federação Brasileira de Treinadores, Zé Mário está desde quarta-feira em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)
Ex-jogador e atual presidente da Federação Brasileira de Treinadores, Zé Mário está desde quarta-feira em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)

Presidente da Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol, o ex-jogador Zé Mário, ídolo do Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama nos anos de 1980, disse em Campo Grande que o principal objetivo da entidade que preside, ao contrário do que pensam os dirigentes dos clubes, da CBF e das federações estaduais, é ajudar no desenvolvimento do futebol no Brasil.

“Uma federação como a nossa vem regulamentar a profissão, vem ajudar a melhorar o desempenho do futebol. Um dos objetivos dessa federação é promover cursos com o carimbo FIFA, porque a maioria dos cursos de treinador no Brasil não tem o carimbo FIFA, e quando o profissional tem a oportunidade de trabalhar lá fora ele enfrenta a dificuldade de apresentar seus documentos. Lá fora querem saber se ele tem o reconhecimento da FIFA. Então isso é muito importante, é isso que a gente está querendo. Não queremos atrapalhar os clubes nem as federações ou a CBF”, declarou Zé Mário, que desde quarta-feira participa do Encontro Estadual de Treinadores, em Campo Grande.

Famoso pelo bom futebol e espírito de liderança em todos os clubes onde atuou, Zé Mário defende a bandeira da estabilidade no trabalho do treinador no Brasil.

“Vejo e ouço muita gente falando que falta evolução dos treinadores no Brasil, que fulano ou beltrano está ultrapassado, enfim, mas quero ver que treinador estrangeiro viria trabalhar no Brasil. Aqui, com três derrotas o treinador é demitido. Os treinadores no Brasil trabalham por resultado. Nenhum treinador faz trabalho no Brasil. Ele faz resultado. Não precisa trabalhar bem. Teve resultado fica. Não teve resultado, sai. Pode ser o melhor treinador, sai. Isso precisa ser mudado para o bem do futebol”, comentou.

Segundo Zé Mário, os clubes são prejudicados economicamente com as demissões porque precisam pagar os direitos e indenização, e o jogador porque muda tudo no seu ambiente de trabalho. “No final o grande prejuízo é do futebol brasileiro pela falta de estabilidade”, ressaltou.

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