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Jogo Aberto

Delcídio prepara complemento de delação à Lava Jato

Waldemar Gonçalves | 11/05/2016 06:00

Vai para a briga – A cassação de Delcídio do Amaral (sem partido-MS) não deve ser o último capítulo de sua história política. Há expectativa de que o agora senador cassado faça um complemento em sua delação premiada à Operação Lava Jato. Desta vez, o foco seriam os senadores Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá e Jader Barbalho, todos do PMDB. Além disso, Delcídio promete brigar na Justiça.

Coronel – Ao colunista Lauro Jardim, de O Globo, Delcídio disse ontem que não valeria a pena ir ao Senado para acompanhar a sessão que determinou sua cassação. Conforme a mesma fonte, o ex-petista se referiu a Renan, presidente do Senado, como “coronel” que “atropelou o regimento” para cassá-lo.

Qual função – O secretário de Administração, Carlos Alberto Assis, afirmou que vai conversar com a vice-governadora, Rose Modesto, pré-candidata do PSDB à Prefeitura de Campo Grande, para saber qual será sua função na campanha eleitoral. Se for colocado na coordenação, pedirá afastamento do governo estadual para se dedicar integralmente ao pleito. Se ficar acertado que vai apenas ajudar, promete contribuir antes e depois do expediente.

O vice – Carlos Alberto ainda destaca que a escolha do vice na chapa de Rose deve ocorrer próximo às convenções partidárias. De preferência, que seja de um partido aliado, já que não seria bom uma chapa pura. “Precisamos dividir o espaço para que todos fiquem contentes, quando um partido fica com todos os cargos, não tem o apoio que precisava”, analisa o secretário.

Silêncio dos edredons – Em alusão à fala do vereador Roberto Durães (PSC) que disse conhecer a mãe do prefeito "sob o silêncio dos edredons", a Marcha Mundial das Mulheres compareceu à Câmara Municipal de Campo Grande ontem pedindo respeito, com frases coladas justamente sobre um edredon.

Cafezinho – Além de levarem um edredon florido, as mulheres também serviam cafezinho com uma garrafa adesivada com o termo "coffee break", relembrando a operação policial que investiga se houve esquema de compra de vereadores para a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em 2014.

Desatento – Na sessão de terça-feira (10), o vereador Carlos Augusto Borges (PSB) usou a tribuna para se defender, já que ele presidia a sessão no momento em que Durães atacou a mãe do prefeito. "Estou sendo acusado pelo prefeito de não fazer nada, mas a verdade é que eu não estava prestando atenção quando Durães falou aquilo. Se tivesse ouvido o teria repreendido baseado no regimento da casa. Ficarei mais atento", disse, se desculpando.

Parabéns, Luiza – O presidente da Câmara Municipal da Capital, João Rocha (PSDB), bem que tentou suprimir os protestos suspendendo as falas na tribuna. Porém, pressionado pelas manifestantes exaltadas, teve de voltar atrás e ceder o microfone à vereadora Luiza Ribeiro (PPS). De quebra, ainda elogiou discurso da parlamentar em que chamou Durães de covarde.

Mudei de ideia – Frente à pressão, Rocha disse que o requerimento que pede a cassação de Durães já foi protocolado e seguirá o trâmite normal. "Todas as medidas cabíveis serão tomadas. Em momento algum afirmamos que ficaria por isso mesmo", disse, contrariando o discurso da semana passada, quando ressaltou que Durães estava arrependido e que o regimento previa que tal fala fosse retirada da ata, frente a um pedido público de desculpas.

Me ajuda a te ajudar – Bernal enviou projeto para que o Legislativo autorize financiamento de R$ 12,6 milhões pelo Município. Ele esperava que fosse votado em regime de urgência horas depois, com tempo insuficiente para análise dos parlamentares. Do outro lado, vereadores lembraram que "antigamente", quando havia uma matéria urgente, a Prefeitura enviava uma equipe para apresentar o texto a ajudar na análise e aprovação.

(com a redação)

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