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Jogo Aberto

Nas contas de Marquinhos, um rombo chamado Bernal

Waldemar Gonçalves | 15/02/2017 06:00

Preparar, apontar, fogo – Sem citar o nome do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), a prestação de contas de Marquinhos Trad (PSD), ontem à tarde, foi um verdadeiro bombardeio ao antecessor. "Campo Grande vai ter prestação de contas mensal. Mostraremos quanto arrecadou e quanto gastou. Não há favorecimento nesta gestão". Com essa frase, levantou o armamento.

Desabafo – Trad convocou a imprensa para falar sobre a finanças do município. O tom, no entanto, foi de desabafo. Ao anunciar que a arrecadação com o IPTU aumentou de R$ 162 milhões para R$ 185 milhões, Trad lembrou que tudo foi para pagar dívidas do antecessor. "Que deveriam ter sido pagas por ele (Bernal) e não foram. E nem deixou o dinheiro provisionado".

Achei o motivo – Para o prefeito, a culpa é do excesso de funcionarios nos últimos anos. "Inchou a folha de pagamento com cargos em comissão, ao 'arrepio da lei', com gratificações que chegavam a R$ 11 mil e variavam dependendo da amizade do funcionário com o gestor", apontou Trad à toda a imprensa, sem meias palavras.

Com Cristo e sem crise – Por fim, anunciou que 2017 será muito difícil. "Praticamente vamos administrar com as bênçãos de Deus e fazendo só o arroz com feijão", disse. Ao chegar à coletiva, também demonstrou sua fé: "Quem tem Cristo não tem crise".

Convite a Temer – Ao se reunir com Michel Temer (PMDB) ontem para falar da crise do gás natural, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), aproveitou para convidar o presidente a visitar o Estado. Ainda não há data marcada, mas a ideia é trazer o peemedebista para uma inauguração de obra.

Papel de MS – Matéria do Estadão com José Roberto Ermírio de Morais, membro do conselho de administração do Grupo Votorantim: “No Brasil, nosso maior projeto é o de celulose, no Mato Grosso do Sul (em Três Lagoas). Celulose é um setor que não depende do Brasil, é 100% exportável e terminaremos a fábrica esse ano, com investimento total de R$ 7 bilhões em dois anos. Essa é uma ampliação de fábrica no Brasil, mas visando o mercado externo”.

Andanças – Marquinhos Trad aproveitou a manhã de ontem para percorrer os bairros Jardim das Perdizes, Nashville e Universitário, na região sul de Campo Grande. O objetivo era fazer levantamento da quantidade de buracos, obras paradas e demandas de moradores que devem ser resolvidos.

Cratera – No meio do caminho tinha uma cratera, no Jardim das Perdizes, com cerca de 5 metros de profundidade. Mais parecia um barranco no fim do bairro. Marquinhos ficou tão próximo da beirada que deixou sua equipe preocupada com uma possível queda.

Caminho para escola – A cratera, formada pela água da chuva e de córrego que desemboca no local, ocupa mais da metade da Rua Ênio Cunha. Segundo o vereador Ayrton Araújo (PT), morador do bairro, a via é utilizada por diversos alunos para irem à escola, ficando as crianças expostas ao risco de se acidentarem.

Prioridade – Diante da quantidade de desafios, Marquinhos diz não ter alternativa a não ser definir prioridades, devido ao pouco dinheiro em caixa. “O que eu posso fazer, atender a reclamação de pessoas na Avenida Ernesto Geisel ou de uma rua com baixo movimento?”, questiona.

(com Alberto Dias, Paulo Nonato de Souza e Richelieu de Carlo)

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