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Jogo Aberto

No embate sobre PMDB e PT, sobra até para doutor Ulysses

Waldemar Gonçalves | 31/03/2016 06:00

PMDB vs PT – O fim da aliança do PMDB com o PT no governo federal dominou boa parte da sessão de ontem na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) discursou afirmando que o PMDB se beneficiou com cargos durante todo o governo de Dilma Rousseff, mas aproveitou o momento para romper a aliança porque pretende chegar ao poder sem passar pelas urnas. Além disso, ainda articula com outros partidos um golpe contra a presidente, avalia o correligionário.

Descrentes – Em seguida, o deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) resolveu responder ao petista. Disse que o PMDB não assinou o pedido de impeachment, já que este foi feito por juristas, e nem decidiu as regras do processo, definidas pelo STF. Também justificou que a saída do governo foi porque o partido não acredita mais nesta gestão.

De vergonha – Depois foi a fez de outro deputado estadual do PT, Cabo Almi, entrar na discussão. Lembrou de Ulysses Guimarães (1916-1992), fundador do PMDB. Disse que ele, grande ícone peemedebista, “se perdeu no mar por vergonha do PMDB”, pois tinha sido traído pelo partido na eleição presidencial. Doutor Ulysses, como era chamado, morreu em um acidente aéreo no litoral de Angra dos Reis e seu corpo nunca foi encontrado. O parlamentar petista também disse que o processo de impeachment não tem fundamento, pois se baseia apenas na pedalada do governo Dilma e se trata de um golpe disfarçado. 

Gente que ama gente – “Estou política, não sou política. Tem dia que estou triste, tenho problemas, filhos que choram quando vou viajar a trabalho, fico doente. Não sou fake. Sou gente que ama gente!”. O texto é da deputada Grazielle Machado (PR), postado em seu perfil no Facebook na terça-feira (29). A postagem difere da postura adotada pela maioria dos colegas parlamentares, normalmente direcionada à divulgação de sua atuação legislativa.

Sensível – Não foi no Facebook a única demonstração de sensibilidade da deputada recentemente. Ela contou que recebeu queixa de uma funcionária aposentada da Assembleia Legislativa, chateada por ser barrada na porta da casa de leis por estar sem documento de identidade. Quando vão pedir votos na casa dela, ninguém mostra identidade, comparou a ex-servidora à deputada. “Fica a reflexão e meu protesto sobre esta situação”, encerrou Grazielle.

Cantina do Bernal - Teve vereador perguntando, ontem de manhã, por que havia foto do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), na porta da cantina da Escola Municipal Professora Ivone Catarina. Enquanto uma moradora apontava para a imagem, chamando a imprensa e reclamando do descaso por parte da Prefeitura, o diretor da instituição respondeu, sem graça, que havia fotos do prefeito também em outros locais da escola.

Cemitério do Bernal – Frente a obras inacabadas no Jardim Noroeste, o vereador Marcos Alex (PT) defendeu que novos projetos não podem sair enquanto as pendentes não forem concluídas. “Não podemos pensar em obra nova em Campo Grande quando você percebe que existe um cemitério de obras na cidade”, disse, lembrando que o Ceinf e a Praça da Juventude, paradas há tempos no bairro, são importantes do ponto de vista social. Para ele, é tudo uma questão de planejamento.

Projeto próprio – A vereadora Carla Stephanini relembrou ontem, ao retornar do encontro nacional do PMDB, que o diretório do partido em Mato Grosso do Sul já tinha expressado o anseio de deixar a base aliada do governo Dilma em moção datada de 12 de março. “O clima do encontro em Brasília foi de atender a população, que aguardava essa posição do PMDB, e ela veio de forma majoritária. A expectativa é que o PMDB construa um projeto próprio político para o País”.

Volte, André – “O partido está organizado, temos uma deliberação interna pela candidatura própria para prefeito e nomes de candidatos a vereadores para que possamos fazer uma boa bancada na Câmara. Temos nomes que vocês conhecem e todos sabem: o senador (Waldemir) Moka, (deputado federal Carlos) Marun e o próprio André Puccinelli, que advogamos internamente e temos feitos constantes apelos a ele para que possa ser também o nosso candidato”, continuou Carla ao comentar a situação do PMDB atualmente em Campo Grande.

Para Bernal é vendaval – Para o vereador Francisco Telles (PSD), a Câmara Municipal não deve aprovar a liberação de recursos para o Executivo Municipal. “Está duro confiar no Bernal e liberar dinheiro. Sem a certeza de onde vai ser aplicado é difícil”.

(com a redação)

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