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Jogo Aberto

Operação que assombra em MS pode ser "mini Lava Jato"

Edivaldo Bitencourt | 10/07/2015 06:00

Ausência – O Solidariedade convocou os diretórios municipais para reunião nesta quinta-feira. O evento teve a presença da vice-governadora Rose Modesto (PSDB), secretária estadual de Assistência Social, e pré-candidata a prefeita de Campo Grande. No entanto, o deputado federal, Elizeu Dionzio, ficou de fora.

Descartado – A direção regional do Solidariedade não vem valorizando o único integrante da sigla na bancada federal por Mato Grosso do Sul. Ele já tinha sido excluído da reunião em dezembro do ano passado, que definiu os integrantes da comissão provisória.

Iminente – O deputado federal pode aproveitar a janela aberta pela reforma política para deixar o Solidariedade. Inicialmente, Elizeu não pretendia trocar de leganda porque corria o risco de perder o mandato na Justiça.

Operação – A investigação deflagrada pela Polícia Federal, Receita, MPF e Controladoria Geral da União acabou com o sonho do engenheiro Edson Giroto de se transformar no segundo homem mais importante do Ministério dos Transportes. Como assessor especial, espera pela nomeação para o cargo de secretário executivo.

Saindo – Ao afastar Giroto do Ministério dos Transportes, o ministro Antônio Carlos Rodrigues livrou a pasta de um novo escândalo. Com o Governo Federal debilitado pela operação Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff (PT) não deve tolerar “deslizes” dos subordinados.

Sem holofotes – Responsável pelas principais obras realizadas em Campo Grande e no Estado nos últimos 20 anos, Giroto deixa o cargo para sair dos holofotes. No entanto, ele deverá continuar no foco, principalmente, pela pretensão de voltar a ser candidato na próxima eleição na Capital.

Reflexo – A operação Lama Asfáltica jogas os holofotes sobre o empresário João Amorim, que sempre atuou nos bastidores da administração pública e nas eleições. Só ano passado, ele bancou metade dos gastos da campanha da irmã, a deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB).

Modus operandi – A PF, Receita, MPF e CGU foram unânimes em destacar que a suposta organização criminosa, que fraudou licitações e deu prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos, tinha o mesmo modo de operar. O direcionamento era semelhante e foi confirmado nas licitações apuradas nos últimos dois anos.

E o Aquário – Apesar da pressão dos jornalistas, os protagonistas da operação Lama Asfáltica não confirmaram que a investigação vai chegar ao Aquário do Pantanal. A obra, orçada em R$ 234 milhões, é uma das principais tocadas pela Proteco, empresa de João Amorim.

Mini Lava Jato – A operação Lama Asfáltica chegou a ser definida como mini Lava Jato, numa comparação com a  comandada pela PF do Paraná que visa a corrupção na Petrobras. Pelo menos, em um item, têm semelhança: em fases. Aqui, como lá, políticos podem ser alvos em etapas futuras.

(colaboraram Aline dos Santos e Ricardo Campos Jr.)

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