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Lado B

À beira da estrada, um distrito que tem muita coisa para ver e comer

Helton Verão | 27/01/2013 16:19
Queijo provolone e os doces são os carros chefes das barracas a beira da BR-163 (Foto: João Garrigó)
Queijo provolone e os doces são os carros chefes das barracas a beira da BR-163 (Foto: João Garrigó)

Quem nunca viajou pela BR-163 em Mato Grosso do Sul, passou pelo distrito de Anhanduí, e deu aquela paradinha nas barracas à beira da estrada para comprar um doce, queijo ou as obras do artesanato regional?

Distante a 65 quilômetros de Campo Grande, o distrito de Anhanduí, com pouco mais de quatro mil habitantes, tem o comércio, as indústrias, de material de construção, laticínio, olaria, e a agropecuária compondo a base econômica da localidade. Mas é muito mais conhecido pela gastronomia e pelo artesanato.

O doce de leite com seus acompanhamentos, os vários tipos de queijo, as pimentas artesanais e as esculturas de cimento são os carros chefes da banca que no nome já responde quem são seus principais clientes: a “Banca dos Viajantes”.

“Estamos abertos 24 horas, os doces e o queijo são os mais procurados, mas temos também as pimentas, amendoins, castanha do Pará, salame, água de coco, além dos artesanatos de cimento, tudo para satisfazer quem passa na BR (163) e levar uma lembrançinha de Anhanduí”, conta o empresário Gilson Rodrigues.

Rodrigues confirma que o público alvo é o viajante, quem está de passagem pelo distrito, que cresceu ao longo dos seus 64 anos ao redor da rodovia, a BR-163.

“Estou levando um queijo, se não levar a patroa briga quando chegar em casa”, conta o caminhoneiro Marcelo Lemos, de 44 anos, desses, 26 na profissão. Segundo Lemos, o comércio do distrito sempre foi parada obrigatória em suas viagens.

As peças podem pesar até 150 kg e as barracas aceitam cartões
As peças podem pesar até 150 kg e as barracas aceitam cartões
As esculturas em cimento do seu Jair estão distribuídas pela cidade
As esculturas em cimento do seu Jair estão distribuídas pela cidade

Todos os produtos comercializados nas barracas são produzidos por pessoas que moram ali. As pimentas vêm de assentamentos, os doces e queijos das fazendas e o artesanato em cimento e gesso tem seus pioneiros bastante conhecidos por ali.

O artesanato em cimento é produzidos pelo seo Jair de Oliveira, de 47 anos, há 18 no ramo. Aproveitando seu conhecimento e experiência como montador de móveis e marmorista e a necessidade de ter seu próprio negócio, Jair têm criado esculturas perfeitas em seu traçado e design.

De pequenas obras como um sapo até o gado, pesando mais de 150 kg, ele comercializa seu trabalho com as barracas da BR-163 e por todo Estado. “Começou por necessidade, em já tenho uma barraca na BR, logo estarei expondo lá. Forneço peças para todos os cantos do Estado e também aceito encomendas. É normal receber pedidos de até 100 peças para o mesmo cliente”, revela Jair.

A produção de seu Jair conta com a ajuda da mulher, filhos e sobrinho. Ele chega a produzir até 150 peças em um mês. O telefone para contato do artesão é o (67) 9900-9271.

Peças custam de R$ 2 a R$ 6
Peças custam de R$ 2 a R$ 6

Há algumas quadras da casa do seu Jair, tem o galpão da fábrica de gesso do artesão Alexandre Thomaz. Natural do Paraná há muitos anos em Anhanduí, com seis pessoas na produção das obras, a média mensal é de 2 mil mini esculturas. Elas são expostas em uma espécie de galeria, no mesmo local da fábrica.

A maioria das obras, em formato de cofre, ao contrário do que se possa imaginar, são bem “baratinhas”, custando entre R$ 2 e R$ 6.

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