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Arquitetura

Casa é pequena, mas chamada de "Mansão" por projeto diferente em bairro simples

Paula Maciulevicius | 24/11/2015 06:23
Arquiteto deixou para trás o platibanda, telhado embutido, para fazer algo "diferente". (Foto: Fernando Antunes)
Arquiteto deixou para trás o platibanda, telhado embutido, para fazer algo "diferente". (Foto: Fernando Antunes)

Foram quatro meses de construção para a casa geminada no bairro Noroeste, em Campo Grande, ganhar o apelido de "mansão". Projeto do arquiteto Paulo Ribeiro, ele pegou um terreno herdado pelo pai para investir em casas para vender pelo programa do Governo Federal Minha Casa, Minha Vida. A ideia é oferecer uma arquitetura diferenciada para casas populares.

Ao contrário do "padrão" que as construções desse modelo seguem, o arquiteto deixou para trás o platibanda, telhado embutido, para fazer algo "diferente". "80% das casas são assim e me recusei a fazer esse tipo de arquitetura. Usei telha cerâmica com uma inclinação um pouco maior que a usual e forrei com forro de madeira em cima do vigamento, para que as vigas ficassem aparecendo", explica o arquiteto. Na fachada, o fechamento do "oitão" foi em vidro e a marquise simula uma varanda protegendo a porta de entrada.

Na sala foram usadas janelas 'maxim ar'. (Foto: Fernando Antunes)
Na sala foram usadas janelas 'maxim ar'. (Foto: Fernando Antunes)
Pé direito duplo e vidro trouxeram luminosidade à casa. (Foto: Fernando Antunes)
Pé direito duplo e vidro trouxeram luminosidade à casa. (Foto: Fernando Antunes)

O terreno de 12x30 serviu para construir duas casas, cada uma delas com 60m². Na fachada, o pé direito duplo chama atenção, junto do vidro temperado. Além de sofisticar o aspecto da fachada, o vidro traz luminosidade à casa, dispensando o uso de luz elétrica durante boa parte do dia. Por fora, o Faveiro não foi cortado. Pelo contrário, o imóvel quem ganhou recorte para continuar a acomodá-lo.

O apelido de "mansão" é uma brincadeira ouvida pelos colegas da área do arquiteto. O bairro é estigmatizado por abrigar os presídios, além de ser precário em infraestrutura e de repente passou a receber casas mais sofisticadas. "É uma arquitetura diferenciada, a gente tentou fazer com que a casa não fugisse do que se faz em construções de alto padrão", comenta Paulo.

Um dos quartos da casa. (Foto: Fernando Antunes)
Um dos quartos da casa. (Foto: Fernando Antunes)

Segundo o arquiteto, a fundação da casa é de 4,5m, além de toda ferragem do projeto estrutural. "Um telhado desse aqui vai quase uma parede da casa só no fechamento da cobertura", compara o arquiteto.

O perfil de moradores é quem está começando a construir família. Um casal jovem sem filhos ou com, no máximo dois. A casa foi pensada em acomodar, bem, quatro pessoas. Tem sala integrada à cozinha, por um balcão alto, dois quartos, um banheiro e lavanderia externa coberta. Na sala, a ventilação cruzada torna o ambiente fresco, devido a posição das portas e janelas, em estilo 'maxim ar'. Na área externa, o terreno para os fundos soma mais de 20m² para receber, posteriormente, opções de lazer.

Depois de pronta, a construção passa por avaliação de engenheiros da Caixa Econômica Federal, de onde vem o valor estipulado, de R$ 120 mil.

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Ainda nos fundos, terreno deixou 20m² para construção da área de lazer. (Foto: Fernando Antunes)
Ainda nos fundos, terreno deixou 20m² para construção da área de lazer. (Foto: Fernando Antunes)
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