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Arquitetura

Com malabarismos, sonho de grandes negócios cabe em espaços minúsculos

Mariana Lopes | 18/03/2013 08:00
Cabine do cyber banca (Foto: João Garrigó)
Cabine do cyber banca (Foto: João Garrigó)

Se virar nos 30 em um espaço compacto, de poucos metros quadrados, exige muita criatividade. Tem que saber improvisar para não perder nenhum centímetro e aproveitar todos os cantos.

Pelas ruas de Campo Grande, em lugares bem distintos da cidade, o Lado B encontrou alguns exemplos de comerciantes e empresários que fizeram do pouco espaço o ganha pão da família, e com bastante estilo.

Na esquina da rua 13 de Maio com a avenida Mato Grosso, uma banca de revistas, virou lan house, com serviços que vai de pesquisa na internet a acesso livre a um arquivo de mais de 150 periódicos, além possibilidade de consulta pela Assetur, Prefeitura, Tribunal de Justiça, delegacias.

No Cyber Banca Microteca há nove baias e cada uma com um computador, nos quais os clientes podem navegar com uma banda larga de 25 megabytes. Apesar do espaço apertado, a navegação rápida é bem atrativa, mas também é compensada no preço, R$ 3,50 a hora.

Por 17 anos, o negócio de Paulo Roberto Vecchi funcionou em uma sala de 150 metros quadrados, também na Mato Grosso, mas do outro lado da rua. Hoje, ele oferece o mesmo serviço, só que em 15 metros quadrados. “O outro local era muito grande e, consequentemente, o custo era mais alto, então otimizei”, explica o empresário.

Para compensar, deixou o espaço bem iluminado, com ar condicionado e até um freezer com bebidas, claro que tudo bem apertadinho. Mas o que faz a diferença mesmo é o bom humor e a simpatia de Roberto. “Tenho cliente de anos aqui, chamo pelo nome”, comenta.

Mesas e cadeiras são distrubuídas estratégicamente para caber na sobaria (Foto: João Garrigó)
Mesas e cadeiras são distrubuídas estratégicamente para caber na sobaria (Foto: João Garrigó)

Outro local pequenino em Campo Grande é a sobaria Sugoi, que fica no pátio de um posto de combustível localizado na avenida Ernesto Geisel, no bairro Cabreúva. Ao lado, tem como vizinha uma das casas mais famosas da cidade, o sobá da "Dona Maria", com quase 5 vezes mais espaço.

Na parte interna, o restaurante tem uma cozinha pequena e uma recepção com o balcão do caixa e um freezer de sorvetes, que por sinal fica na transversal porque não cabe em uma parede inteira.

Do lado de fora, uma varandinha abriga mais ou menos 10 mesas, sendo que algumas são juntas para otimizar o espaço.

Mas tudo é bem arrumadinho, os desenhos nas paredes dão um toque oriental e ao mesmo tempo clean ao ambiente.

O dono do estabelecimento, Lincon Kobaiassi, diz que o sonho dele é um dia poder ter um restaurante maior, "com enfeites da cultura japonesa, efeitos de luzes e mais aconchegante".

Amburgueria leva nome para dar impacto (Foto: João Garrigó)
Amburgueria leva nome para dar impacto (Foto: João Garrigó)
(Foto: João Garrigó)
(Foto: João Garrigó)

Em frente à Unigran, o comerciante Sérgio Pina Barbosa tem um carrinho de lanches mas o nome parece de rede de fast food: Mr. Chef "Hamburgueria". Embora o nome passe a impressão de um local com estrutura física ampla, a Mr. Chef funciona em uma carretinha de 3 metros de comprimento por 1,5 de largura.

“Penso no futuro, quando eu tiver uma lanchonete grande nem vou precisar mudar o nome”, diz Sérgio, confiante de que o sonho está perto de ser realizado.

Por enquanto o negócio dele é prático. Todos os dias engancha a carretinha na traseira da Parati e leva tudo para frente da universidade. No porta-malas do carro, ele leva o botijão e as banquetas, que são colocadas na calçada para os clientes sentarem.

Na “Hamburgueria” cabem os ingredientes dos lanches e a caixa térmica com as bebidas, além da chapa, claro.

A carretinha é a mesma há 2 anos, “mas melhorou o visual, adesivei para ficar mais bonita”, conta Sérgio.

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