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Arquitetura

Grupo quer usar caixas de leite para acabar com as frestas e o frio em barracos

Elverson Cardozo | 06/05/2015 06:45
Ação em uma escola de Passo Fundo. (Foto: Divulgação)
Ação em uma escola de Passo Fundo. (Foto: Divulgação)

Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, um projeto de confecção e aplicação de chapas térmicas feitas com caixas de leite, criado em 2009 pela química Maria Luisa Camozzato, ajuda famílias carentes a enfrentarem o frio, a chuva e o calor.

Essa iniciativa, batizada de “Brasil sem Frestas”, pode chegar a Campo Grande pelo trabalho da produtora cultural Dalila Saldanha, que “comprou” a ideia durante viagem ao Estado e, de volta à Capital, resolveu mobilizar voluntários para expandir a ação.

É tudo ainda uma ideia, mas que depende da adesão para vingar antes que a temperatura caia. Ela está em busca de doações de caixas de leite ou suco Tetra Pak. O material é reaproveitado para a confecção das placas, que são aplicadas nas frestas de casas ou barracos.

“Você emenda uma na outra e vai grampeando. Como são camadas de papel e alumínio, vira um isolante térmico, que protege da chuva, inseto, umidade e vento. […] Dá para colocar no forro, se for necessário, nas paredes e até no piso”.

Casa com várias frestas também recebeu revestimento. (Foto: Divulgação)
Casa com várias frestas também recebeu revestimento. (Foto: Divulgação)

Dalila pretende por a mão na massa com mais duas amigas. A ideia é começar atendendo aldeias indígenas e regiões como da comunida Cidade de Deus que, nas palavras dela, está “a Deus dará”. “Depois fazemos um cadastro. No Sul foi assim”, conta.

Para atingir famílias interessadas, a produtora pretende ir às escolas e fazer o comunicado a alunos e professores. Confiante, ela acredita que o projeto pode, de fato, dar certo na cidade.

Em Passo Fundo, pelo menos, é sucesso, com mais de 80 casas atendidas e cerca de 100 mil embalagens recicladas, segundo os últimos dados divulgados.

Em 2013, a iniciativa ganhou o segundo lugar no Green Project Awards Brasil, na categoria Mobilização. O prêmio incentiva boas práticas de sustentabilidade que geram o equilíbrio entre o meio ambiente, o social e o econômico.

O “Brasil sem Frestas” se encaixa nessas características porque promove a saúde pública por meio da reciclagem. E isso, na prática, é feito da maneira mais simples possível: gastando pouco e com a vantagem de retirar da natureza um produto cuja durabilidade é de mais de 100 anos.

Dalila arrecadou até agora aproximadamente 150 embalagens. Ela estima que, com 300, consegue revestir uma parede pequena. Para ajudar, ligue (67) 8109-7111 ou 9161-1555. Para saber mais do projeto, clique aqui.

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