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Arquitetura

Lugares que são como um mimo vendem além de doces, aviamentos e carinho

Paula Maciulevicius | 14/01/2014 06:59
Na rua da Paz, Niura Doces tem uma flor ao centro de cada mesa. (Fotos: Simão Nogueira)
Na rua da Paz, Niura Doces tem uma flor ao centro de cada mesa. (Fotos: Simão Nogueira)

Uma volta pela cidade e a gente se depara com uns mimos de estabelecimentos que vendem mais do que produtos, um pouco de carinho. Os doces ficam com um gosto especial quando apreciados nos sofás que imitam couro, depois que a gente passa pelas pequenas portas de madeira.

As luminárias fazem companhia para quem senta encostado à parede, na doceria Steffen’s no shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande. As tortas, bolos, docinhos e sobremesas em geral são feito artesanalmente pelas mãos das irmãs Rosa Amélia Steffen Ibrahim e Maria Aparecida Steffen Martins.

O cuidado e a delicadeza na preparação dos doces vai além dos pratos, trazendo o aconchego à decoração. “A ideia veio um pouco das lanchonetes de Paris”, acrescenta Maria Aparecida.

As receitas eram de início, as clássicas europeias, mas aos poucos foram substituídas pelo que o paladar campo-grandense provou e aprovou. Agora, entram no cardápio os sorvetes, também artesanais, com um textura e uma leveza que as palavras não conseguem descrever, de framboesa, figo e avelã.

Na doceria Steffen’s no shopping Bosque dos Ipês, o trabalho artesanal vai além dos doces e chega na decoração, que é um mimo só.
Na doceria Steffen’s no shopping Bosque dos Ipês, o trabalho artesanal vai além dos doces e chega na decoração, que é um mimo só.
Docinho com coração de goiabada doa Niura.
Docinho com coração de goiabada doa Niura.

Do outro lado da cidade, na rua da Paz, desde setembro as mesinhas de madeira com uma flor ao centro casaram perfeitamente com a suavidade dos doces da Niura. O local, que antes era na rua Bahia e sempre atendeu por encomenda, agora põem os doces na vitrine em um espaço para lá de convidativo.

A parede é branca como açúcar, talvez para combinar com a doçura que os produtos têm. No balcão, se é dia de chuva, é dia de bolinhos dela com canela. A empresária Thaiana da Silva Lacerda, de 28 anos, revela que a inspiração veio das docerias e brigaderias de São Paulo. “Em Campo Grande faltam lugares assim, mais artesanais, que não pareçam com uma fábrica”, compara.

O bolo rústico de nozes é daqueles que nos desenhos são colocados na janela para esfriar, só que com um toque, de um laço. O docinho com jeito de Beijinho, mas gosto de Romeu e Julieta, tem um coração de goiabada para aguçar os sentimentos.

Outro mimo tem o charme até no nome. Charmosa Casa e Gourmet, poderia ser só de doces, mas na verdade é uma casa de aviamentos, artesanato e buffet, inspirada nas residências gaúchas. A dona, claro, veio do Rio Grande do Sul.

Há uma década no mesmo endereço, Cynthya Sudbrack Belin explica que a casa foi comprada com a fachada que a gente vê, mas que com o tempo foi ganhando retoques ainda mais mimosos, como a renda de madeira.

“Eu tento passar essa imagem, artesanato é isso, tem que ter essa cara e a fachada é o nosso forte, o nosso charme”, resume.

Não é, mas tem tudo para ser uma doceria, a Charmosa Casa e Gourmet, na Bom Pastor.
Não é, mas tem tudo para ser uma doceria, a Charmosa Casa e Gourmet, na Bom Pastor.
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