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Arquitetura

Rosembaum visita Museu do Índio e diz que cidade têm múltiplas possibilidades

Elverson Cardozo | 20/04/2013 15:23
Marcelo Rosembaum durante entrevista coletiva à imprensa. (Foto: João Garrigó)
Marcelo Rosembaum durante entrevista coletiva à imprensa. (Foto: João Garrigó)

O designer Marcelo Rosembau, conhecido por participar do “Lar Doce Lar”, programa do Luciano Huck, na Rede Globo, esteve em Campo Grande nesta sexta-feira (19) para ministrar uma palestra sobre design útil na Decon-MS, Feira de Decoração de Mato Grosso do Sul.

Aqui, Rosembau visitou a o Memorial da Cultura Indígena. Embora tenha declarado que não está trabalhando em nenhum projeto específico que inclua os artesanatos produzidos nas aldeias do Estado, ele lembrou que sabe valorizar a “arte genuína”.

“Eu parto do principio que tem potencial e beleza em todo canto, em todo pedaço”, afirmou, depois de comentar que veio à Capital para estimular “essa coisa regional e trocar informações”.

Depois de ver o que os nossos índios produzem, disse ter se sentido presenteado.  "Acho uma pena nós, no Brasil, não termos, dentro das escolas, história do índio”, ressaltou, se referindo à visita ao Museu, que caiu justamente no dia do índio, comemorado em 19 de abril.

"Campo Grande é uma cidade de múltiplas possibilidades”, afirmou, sem entrar em detalhes. O designer vê o artesanato, indígena ou não, como uma manifestação cultural e menciona a importância disso na valorização das comunidades esquecidas.

Rosembaum veio à Campo Grande para ministrar palestra sobre design útil.
Rosembaum veio à Campo Grande para ministrar palestra sobre design útil.

“A geração de renda vem disso. A partir do momento em que você coloca o artesanato como manifestação cultural, você coloca a identidade cultural, a autoestima, o reconhecimento local”.

Mas a comunidade, o povo, precisa ter vontade, disse, citando como exemplo o projeto “A gente transforma”, de sua autoria, que transforma a realidade de um local.

“Prefiro trabalhar em comunidades menores, onde a gente consiga o máximo de gente possível. Na favela, a gente construiu uma biblioteca e pintamos as casa em torno do Campo do Astro. Em Várzea Queimada, a gente construiu com os estudantes e com a ajuda da comunidade um centro comunitário”, contou.

A proposta de projetos como esse é estimular o mercado, as profissões, o crescimento social e econômico. “Traz conhecimento e potencial de negócios. É fundamental para o mercado, para regionalismo e para profissionais”, finalizou.

Palestra – Na palestra em Campo Grande, Marcelo Rosembaum abordou o processo de valorização da identidade, criação de projetos transformadores, novas experiências do consumidor e o material exclusivo de pesquisas internacionais, entre outros, sempre citando exemplos.

Antes, ainda em entrevista à imprensa, o designer falou sobre o conceito que deu nome ao evento. “Design útil é a forma que eu encontro para fazer meu trabalho, o design como catalisador. Design é desenho. Tudo é design”, resumiu.

Durante o encontro, Rosembaum abordou, novamente, a questão indígena. Disse que a cultura do índio tem valor e não precisa ser mudada. Deve, acima de tudo, ser valorizada. Afirmou, ainda, que o Brasil não foi “descoberto”. Já estava aqui, com toda a cultura e identidade dos povos indígenas.

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