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Arquitetura

Sem muro, piscina ganhou privacidade quando desceu degraus e o verde tomou conta

Paula Maciulevicius | 02/08/2016 06:10
De fora, vidro e vegetação e por dentro, piscina abaixo do nível do terreno foram a saída para privacidade da família. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)
De fora, vidro e vegetação e por dentro, piscina abaixo do nível do terreno foram a saída para privacidade da família. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)

Os 440m² da residência contemporânea expõe um jogo de volumes simples desde a fachada. No condomínio Alphaville, em Campo Grande, as casas de esquina não podem ter muro lateral e foi aí que a arquitetura entrou em cena para trazer privacidade à área de lazer da família. 

Projetado pelo escritório Mob Arquitetos, o pedido dos donos - um casal jovem, ela advogada e ele veterinário, que à época ainda não tinham filhos - era por dois quartos a mais, fora o deles, espaços amplos, integrados e uma cara contemporânea. Como referência, a moradora chegou até o escritório com uma foto que serviu de ponto de partida para os arquitetos. 

Como o terreno é valorizado e caro, os arquitetos sugeriram desenvolver um subsolo, argumentando que numa conta de investimento, se iria gastar "x", mas também se ganharia em área e foi assim que a garagem ficou abaixo da casa, junto do armário que guarda os equipamentos de pesca do dono. E é por uma escada que sai dali direto para o meio da casa.

Jogo de volumes brinca "setorizando" a casa por dentro e por fora. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)
Jogo de volumes brinca "setorizando" a casa por dentro e por fora. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)

Área de lazer - Uma das arquitetas responsáveis pelo projeto, Mellina Bloss, explica que de acordo com o condomínio, podia subir até 50 centímetros de muro na lateral, a contar do nível natural do terreno e mais um fechamento que poderia ser com gradio, mas que eles optaram em usar vidro.

"Para dar privacidade para a área de lazer, foi criado esse pórtico e a piscina não está no nível da varanda, ela desce dois degraus para ficar mais baixo e parecer que o muro é um pouco maior. No paisagismo, foi colocada vegetação, que quando estiver fechada, vai barrar bem a visão", descreve a arquiteta.

Fachada - O ar contemporâneo, o principal desejo da família que mora ali, está na fachada. "Através da linha mais pura, da geometria mais simples. A gente trabalha com volume superior branco, a base com materiais neutros, a pedra, a textura de concreto e para dar privacidade, aquela empena para não expor a sala dela de jantar e estar", descreve um dos arquitetos responsáveis, Gabriel Gonçalves.

O escritório trabalhou no projeto um jogo de volumes simples, brincando com os materiais. "Pega bem as ideias do modernismo, de uma planta livre, com janelas rasgadas de fora a fora, como é o que caso estrutura ali em cima", exemplifica Gabriel.

A disposição da casa também levou em conta a análise do terreno e onde nasce o sol. Como a obra está de frente para uma praça, os quartos dos moradores dão para a área, um privilégio para quem abrir a janela poder ver o sol nascendo.

"Com os quartos virados para leste, a casa toda está virada para o sol da manhã e bloqueada para o da tarde, onde teria abertura para ventilação, colocamos brises, isso já definiu o roteiro do projeto", explica o arquiteto Rodrigo Makert. O que acaba, como consequência, trazendo eficiência energética para a casa, protegendo da insolação da tarde e trazendo o sol da manhã. 

No térreo, a planta dividiu as funções: do lado esquerdo, a área social com pé direito duplo, enquanto no direito, ficaram concentradas todas as instalações elétricas.

Integrados por grandes panos de vidros, o interno e externo se confundem e se misturam, dando a sensação de um grande salão. As esquadrias foram pensadas de modo que, quando abertas, seguem todas para o mesmo lado, tornando um só espaço a sala e a área gourmet. 

Em cima, a pedido da dona, os arquitetos planejaram uma sala íntima para que o marido pudesse assistir aos jogos de futebol, além dos quartos do casal e dos dois filhos que nasceram no decorrer da obra. 

A média de valor para uma obra semelhante a essa seria, segundo o escritório, é a partir de R$ 4 mil o metro quadrado.

Tem algum projeto bacana de Arquitetura? Manda para a gente no Lado B. 

No vídeo abaixo, feito pelo fotógrafo de Arquitetura, Fellipe Lima, se tem uma noção da funcionalidade do projeto: 

Quando crescer, vegetação fechará área, trazendo além de privacidade, beleza. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)
Quando crescer, vegetação fechará área, trazendo além de privacidade, beleza. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)
Subsolo comporta garagem e ainda depósito para equipamentos de pesca. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)
Subsolo comporta garagem e ainda depósito para equipamentos de pesca. (Foto: Fellipe Lima - fotografia de Arquitetura)
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