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Arquitetura

Vergalhões de obras e outros materiais que do lixo viraram boas ideias

Ângela Kempfer | 11/11/2015 06:56
Banco original, com estrutura de ferro e madeira.
Banco original, com estrutura de ferro e madeira.

Vergalhões de obras são os paletes do momento, o baratinho com mil e uma funções na decoração. Na mostra Morar Mais Por Menos 2015, aberta hoje em Campo Grande, eles são reaproveitados com diferentes utilidades, da adega à garagem.

As arquitetas Andrea Gomes e Fernanda Paes moldaram o ferro até chegarem ao suporte de vinhos por cerca de R$ 50,00, garantem. O espaço, de quase 8 metros quadrados, apresenta várias possibilidades com materiais que seriam descartados. Na parede, 1.5 mil rolhas foram cortadas em 9 mil lâminas para revestimento em contraste com tonalidades escuras. Mosaico de pedaços de espelhos é outra experiência no ambiente “Tiramos literalmente das caçambas de lixo para a Adega”, conta Andrea.

Na Sala Criação do Designer de Interiores, um escritório que mescla o clássico e o moderno, os vergalhões aparecem na mesa, como suporte do tampo de vidro.

A garagem de clima vintage, com vitrola tocando, também tem vergalhões tirados do ferro-velho. O que mais chama atenção no espaço é um Impala 1960, vermelho, com estofamento de couro creme, maravilhoso.

Mas a ideia bacana está ao fundo, em uma prateleira feita de vergalhões que cobre toda a parede. Em latas de tinta suspensas, as arquitetas Paula Magalhães e Gabriela de Marco colocaram o verde de plantas artificiais, mas a estrutura serve ao que a necessidade pedir. “Pode ser utilizada para guardar ferramentas, por exemplo”, diz Paula.

Parede revestida com rolhas.
Parede revestida com rolhas.
Suporte para garrafas feito de vergalhões.
Suporte para garrafas feito de vergalhões.
Ao fundo, vergalhões viraram suporte para plantas ou ferramentas.
Ao fundo, vergalhões viraram suporte para plantas ou ferramentas.

Paletes - Como a proposta é de mais por menos, a mostra esbanja paletes, os clássicos do estilo “faça você mesmo”. No quarto em homenagem ao músico Marcelo Loureiro, são a estrutura da cama, pintados de preto. No closet, janelas viraram molduras e organizadores.

Os paletes também são quase que material exclusivo no Espaço da Música. Ao ar livre, sobre o mosaico no piso cimentício, a madeira em cor natural recebe futons e é estrutura para a pequena horta.
Nas varandas, outra surpresa é a mistura de madeira de demolição e cadeiras de ferro. O encosto é retirado, a prancha de madeira é colocada sobre o assento e depois as partes da cadeira são novamente soldadas e pintadas. O resultado é divertido.

Deu trabalho o revestimento do Studio de Graciana Goedert, Paula Gobbo e Paula Orsi. As três recolheram restos de papéis de parede e transformaram em dobraduras que, além da textura, rendem paginações exclusivas.

Mas é na “Sala de Banho Delas” que está uma das soluções mais criativas da mostra. Eliseu Cordeiro Nicolini Jr. e Nino Catelan Mosena aproveitaram placas de zinco, descartadas pelas empresas de outdoors. Com o material, moldaram as cubas da pia dupla e revestiram paredes. “É um material extremamente barato e super resistente. Uma cuba de zinco não custa nem R4 200,00”, comenta Nino.

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No banheiro, cubas são de zinco, assim como revestimento de parte da parede.
No banheiro, cubas são de zinco, assim como revestimento de parte da parede.
Dobraduras com restos de papel de parede revestem escritório.
Dobraduras com restos de papel de parede revestem escritório.
Cama feita de paletes.
Cama feita de paletes.
Paletes servem até para horta na varanda.
Paletes servem até para horta na varanda.
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