As cenas que as fotógrafas adoram registrar: o cotidiano dos filhos
No dia a dia elas são fotógrafas dos outros. Registram ensaios, partos e até casamentos, arrancam sorrisos ou aquele olhar apaixonado na espontaneidade. Em casa, vivenciam as cenas em cada gracinha que as filhas fazem. Por coincidência: Milena Rodrigues, Luana Chadid e Ana Paula Cayres são fotógrafas e mães de meninas. Hoje, o que mais adoram clicar, claro, está ali: as próprias filhas. As fotos são de se apaixonar, começando pelo olhar das profissionais, depois pela as modelos e terminando numa edição que põem ternura e o amor maternal em foco.
Milena Rodrigues tem 30 anos, nasceu no interior de São Paulo, mas já rodou muito o Brasil até chegar aqui. Publicitária de formação e fotógrafa por paixão e muito estudo, mora em Campo Grande desde 2012. Mãe de Lis, ela já gostava de fotografia desde a faculdade, mas manteve a atenção entre clicar e trabalhar em banco por anos. Em 2011, decidiu caminhar só clicando e há 8 meses descobriu qual era o melhor sorriso a ser registrado: da filha.
"Amo fotografar pessoas, sentimentos, brincar com a luz para dar um efeito", descreve Milena. A linha principal de trabalho está em ensaios de família, pré-casamento, gestante e partos. Em casa, a cada "merversário" Lis ganha um registro especial, mas no dia a dia, seja na câmera profissional ou do celular, a menininha está sempre sendo clicada.
"Quando ela está dormindo e eu olho as fotos da semana passada, já fico boba, morro de saudade". São tantos os registros que Milena ganhou, nos últimos meses, mais de 3 mil seguidores no Instagram justamente pelas fotos da filha. Ser mãe ajudou também na fotografia. "Quando ela nasceu me senti muito mais realizada como pessoa e percebi nitidamente esse reflexo no meu trabalho. Me sinto mais inspirada". Vendo as fotos a gente entende que a inspiração está no amor que Lis carrega nos doces olhinhos.
Luana Chadid é mãe da Céu, de 1 ano 2 meses. Uma fofura em forma de gente que encanta e faz rir a cada fotografia. Foi ela quem inspirou a mãe a se tornar fotógrafa quando Luana percebia o número de curtidas que cada post de gracinhas da filha tinham. "São os momentos que toda mãe quer registrar, quando ela começa a andar, engatinhar, falar... Até hoje não consigo, quando vejo ela fazendo alguma coisinha, eu já começo a tirar fotos", explica Luana.
O banho de mangueira não foi "produzido" não. A fotógrafa aproveitou a vontade da filha em brincar com água para registrar. O mesmo aconteceu no passeio de Fusca, a família fazia um test drive no carro, quando Céu ficou acenando pela janelinha. De fora, a mãe não resistiu e fotografou.
"O cotidiano do bebê é muito mais que isso, as fotos são só pequenos momentos, o mais importante é viver, não só fotografar", ensina Luana. As fotos da "cria" são tantas, que Luana mudou até o nome do Instagram pessoal para "Ceurelepe".
Ana Paula Cayres é fotógrafa e mãe de Clara. A menininha protagoniza fotos que a gente não sabe se é arte ou pura curiosidade. Clarinha tem 2 anos e 1 mês e uma ligação com a mãe que se materializa nos cliques. Familiarizada com os equipamentos de trabalho, ela age naturalmente quando se depara com a câmera. Apesar de Paula frisar que nem sempre ela está por perto e muitos dos registros acabam saindo mesmo de celular.
"Tem dias que acordo e vejo ela fazendo coisas novas e penso quando foi a última vez que a fotografei. Então pego a câmera e faço uns registros profissionais", descreve. As fotos que tira da filha seguem o mesmo estilo utilizado nos clientes. "Meu foco na fotografia é o "Lifestyle". As fotos são naturais, registrando a vida como ela é, sem produção de cenas", explica.
Da mesma forma que é passada a verdade para os clientes, fazendo com que eles olhem as fotos depois de anos e se recordem de como aquela seu filho(a) era, agia, sorria, chorava, se desenvolvia, Paula faz o mesmo com a filha. "Busco registrá-la em momentos simples e apaixonantes, seja conosco, com nossos animais de estimação, brincando, rindo, chorando, dormindo, etc..." O que a fotógrafa e mãe imagina no futuro é que a filha terá acesso a um acervo bem extenso da sua vida, desde o início. "Penso que será uma das coisas mais valiosas que ela poderá guardar para toda vida".
