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Artes

Atriz de MS ganha papel em novela da Globo e já faz selfie com Glória Pires

Elverson Cardozo | 20/03/2015 06:44
Beatrice mora, atualmente, no Rio de Janeiro. (Foto: Arquivo Pessoal)
Beatrice mora, atualmente, no Rio de Janeiro. (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois de fazer rápidas participações em duas novelas da Rede Globo, “Amor à Vida” e “Em Família”, a campo-grandense Beatrice Sayd, de 36 anos, comemora um contrato com a emissora para viver Carla, copeira da vilã Beatriz (Glória Pires), em Babilônia.

A personagem dela ainda não apareceu, mas, no Facebook, a atriz já compartilhou uma foto dos bastidores, onde está caracterizada, de uniforme, e ao lado da veterana, que tem mais de 40 anos de carreira.

“Com a patroa”, escreveu. Ao Lado B, por telefone, completou: “Nunca imaginei, nem nos meus maiores sonhos, que um dia fosse contracenar com ela”. Os amigos comemoraram, parabenizaram, desejaram sorte, mandaram boas vibrações.

Selfie com a "patroa", Beatriz, a vilã de Babilônia, interpretada pela atriz Glória Pires. (Foto: Divulgação)
Selfie com a "patroa", Beatriz, a vilã de Babilônia, interpretada pela atriz Glória Pires. (Foto: Divulgação)

Ela agradece, mas, bastante sensata, faz uma observação: “Eles ficaram felizes porque sabem o quanto a gente batalha no dia a dia para essas coisas aconteceram. São pessoas próximas, que torcem por mim. A galera cria uma expectativa que é engraçada. A TV desperta isso nas pessoas, diferente do teatro”, compara.

A rotina no Rio de Janeiro, onde mora desde os 18 anos, praticamente não mudou. “Está normal. A personagem é pequena e o volume de gravação ainda é tranquilo”, conta, ao dizer que foi convidada para interpretar Carla no final de agosto do ano passado, mas só começou a gravar há três semanas.

Segundo ela, a maior parte das cenas foram rodadas no estúdio que reproduz a casa de Beatriz na trama. Apenas uma externa, em Agra dos Reis, foi feita até agora.

Beatrice está feliz, mas não parece nenhum pouco deslumbrada. “Não tem como ser diferente. […] É um trabalho. Muitas portas se abrem e muitas coisas facilitam, mas transformar algo tão bonito e desafiante em vaidade e egocentrismo não é o caminho”, defende.

“Continua com o meu teatro, mas estou muito feliz de fazer TV e, daqui a pouco, quero começar a fazer cinema. Acho que dá para trabalhar em todos os setores”, acrescenta.

A atriz, que se formou pela Casa de Artes Laranjeiras, nasceu dos palcos e, antes de conquistar um espaço – mesmo pequeno - no horário nobre da TV, batalhou bastante. “Valsa nº 6”, de Nelson Rodrigues, foi o último espetáculo em que ela atuou para, depois, se dedicar à telinha.

Em cena, na peça "Valsa nº 6", de Nelson Rodrigues, que foi encenada em Campo Grande. (Foto: João Garrigó/Arquivo)
Em cena, na peça "Valsa nº 6", de Nelson Rodrigues, que foi encenada em Campo Grande. (Foto: João Garrigó/Arquivo)

“Estava buscando isso nos últimos anos e estou gostando muito de fazer. Não imaginava. Achava TV meio assustadora, aquela estrutura toda, mas aí entrei para escola do Wolf Maya, no Rio, e estou há dois anos tendo aulas. Quando você treina, como a gente faz, acaba sendo normal”, afirma.

Ela sabe que a personagem é pequena, mas também tem consciência de que o novo trabalho é uma grande oportunidade. Algumas empregadas conquistam o público e ganham destaque ao longo das novelas.

Este, no entanto, não parece ser o caso de Carla. “A orientação que eu recebi é apenas discrição e eficiência. Por ser que mude lá na frente, mas, por enquanto, não tem nada disso. Sou só a copeira da vilã”.

Apesar do papel sem destaque, a copeira não vai passar batida. Não, pelo menos, para familiares e amigos que torcem pela atriz. A mãe dela, a professora universitária e odontopediatra aposentada, Nervita Martins de Carvalho Sayd, 76, está na expectativa.

“Eu quase não vejo novela. Prefiro ficar lendo, mas vou assistir para prestigiar minha filha. Os tios estão felizes, os primos radiantes e os amigos ligando e torcendo. Eu, como mãe, fico mais feliz ainda, porque a gente sabe que ela lutou muito para chegar até aí”, declara.

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