Com a mesma modelo, no mesmo local, 3 fotógrafos mostram a diferença no olhar
Cada olhar é atraído por um detalhe. A tatuagem nas costas, o rosto marcante, os ombros nus. O projeto Expressões dos fotógrafos Junior Mohr, Rafael Barbier e Josi Grenge mostra como o propósito artistíco do profissional interfere e muito no resultado de uma imagem.
O desafio? Fotografar a mesma modelo, no mesmo local, e ver o resultado do olhar de cada um.
“Eu idealizei o projeto após ter como inspiração o trabalho de outros fotógrafos que já fizeram alguma coisa nesse sentido. Há tanto material na internet e cada um com um estilo”, afirma Júnior Mohr, 28 anos.
Fotógrafo há três anos, Júnior costuma fotografar casamentos e ensaios femininos. É dele a foto que mostra a modelo dividida pela luz e a ausência dela. “A questão é que o olhar muda muito, não é só apertar o botão, não é a câmera que faz a foto sair boa. Em uma mesma situação, com tudo igual a imagem pode sair totalmente diferente”, explica.
A proposta do projeto foi justamente essa. Levar a modelo para ambientes e cada fotógrafo realizava a foto, sem que o outros dois vissem o resultado. “Durante aqueles minutos com a modelo, o fotógrafo era livre, os outros se afastavam e ele poderia trabalhar do jeito que quisesse. Muitos viram uma mulher sensual, outros o lado mais materno”, indica.
O resultado do trabalho será exposto no “Projeto Expressões", que estará no Fran’s Café de 4 a 13 de julho. “O interessante foi comparar os resultados depois, a modelo mesmo ficou surpresa com o resultado. Ela super topou participava, não interferiu em nada, era ela e o fotógrafo. A Josi também faz ensaios femininos além de infantis, enquanto o Rafael costuma trabalhar em casamento. Isso trouxe a experiência e a visão de cada um para o projeto”, acredita.
