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Artes

Com carreira lá fora, há anos Gabriel Sater não toca por aqui

Anny Malagolini | 25/10/2012 10:38
Gabriel nasceu em MS, mas hoje vive em SP. (Foto: Fábio Pelegrini)
Gabriel nasceu em MS, mas hoje vive em SP. (Foto: Fábio Pelegrini)

Na agenda do músico, as apresentações são em diversos estados brasileiros, principalmente em Minas, São Paulo e Paraná. Há 3 anos Gabriel Sater não toca sozinho por aqui. Qual o motivo? “Essa é uma pergunta constante que fazem pra mim. Eu trabalho onde me levam, não sou eu quem leva o show”, explica.

Ele nasceu em São Paulo, filho de Almir, mas viveu em Campo Grande dos 3 aos 21 anos de idade. Depois de dois CDs gravados, partiu e estrutura a carreira longe de Mato Grosso do Sul.

“Na nova gestão estadual de cultura não me chamaram para fazer nenhum show no Mato Grosso do Sul, então desde 2009 não faço um show só meu no Estado”, lamenta, apesar de feliz por trabalhar pelo Brasil.

No site, a apresentação do “compositor, arranjador, músico e instrumentista extremamente curioso” omite o nome do pai famoso. Só diz ser “filho de violeiro”. Gabriel não tira proveito do parentesco. “Há pessoas que nem sabem que meu pai tem um filho músico, e quando sabem se surpreendem, mas ele ainda tem muita importância”, diz o filho.

Antes só instrumentista, a partir de 2009 colocou voz no trabalho, mais uma semelhança com o pai, o que Gabriel prefere chamar de “referência”, como tantas outras encontradas por esta terra pantaneira. O maior reconhecimento até agora veio com o Prêmio Produção Pixinguinha, em 2006, como representante do Estado com o CD “A Essência do Amanhecer”.

“Depois disso que consegui engrenar minha carreira e fui para São Paulo. Hoje, eu consigo viver apenas de música, da minha arte, e em Mato Grosso do Sul eu não conseguia”, comenta o músico.

Neste ano, Gabriel foi convidado para a virada cultural paulista.” Fizemos o show e o público compareceu em peso”, comemora. Depois a  apresentação, veio o circuito popular paulista, com mais de 100 shows.

Disposto a fazer “do chamamé ao choro, do tango as guarânias, das valsas às polcas paraguaias, de baladas a temas mais modernos, com traços harmônicos sofisticados da bossa nova e do jazz”, segundo sua biografia, ele também fica “em estúdio produzindo, gravando. As pessoas ainda pensam que músico se não está tocando não tá fazendo nada”, brinca.

Atualmente trabalha no projeto “Noites Pantaneiras” e também grava o terceiro CD em 12 anos de carreira, “Indomável”, que deve ser lançado somente em 2013.

Sobre voltar, ele lembra: “Só preciso de convites. Para mim Mato Grosso do Sul está passando por mau momento cultural, está difícil para os músicos. Não dá pra entender a falta de amor do público com os ícones do nosso estado como Guilherme Rondon, Paulo Simões, por exemplo.”

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