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Artes

Com releitura de apresentações, Ballet Isadora Duncan dança os 40 anos de vida

Paula Maciulevicius | 22/11/2014 07:23
No palco, estarão sendo reapresentadas as realizações que mais se destacaram ao longo dos 39 anos no espetáculo "A Dança No Tempo Além do Tempo". (Foto: Reprodução/Isadora Duncan)
No palco, estarão sendo reapresentadas as realizações que mais se destacaram ao longo dos 39 anos no espetáculo "A Dança No Tempo Além do Tempo". (Foto: Reprodução/Isadora Duncan)

Quarenta anos em três noites. De 28 a 30 de novembro, as cortinas do Teatro Glauce Rocha se abrem para o Ballet Isadora Duncan, a partir das 20h. A programação inclui releituras de 1975 até 2013 com colaborações especiais, como da bailarina Ana Botafogo, grupos e companhias de dança do Estado e ainda Carlinhos de Jesus, Marcelo Misailidis e Jair Damasceno.

No palco, estarão sendo reapresentadas as realizações que mais se destacaram ao longo dos 39 anos no espetáculo "A Dança No Tempo Além do Tempo". 

Criado e dirigido pela bailarina Neide Garrido, o Isadora Duncan deu os primeiros pliès em 1975, se tornando o pioneiro da dança no Estado. No currículo, o balé tem como feito a primeira vez de "Carmen", da Ópera de Bizet, em Mato Grosso do Sul no ano de 1987. Ainda na mesma década, foram montadas as obras completas de “Don Quixote”, “Quebra-Nozes” completo e o musical “WestSideStory” por Mário Nascimento. Na década de 90, o balé formou o grupo de Dança Isadora Duncan, com bailarinos formados pelo próprio núcleo. 

Tributo a Isadora Duncan, da bailarina: Victoria Steimer Mandetta. (Foto: Divulgação/Isadora Duncan)
Tributo a Isadora Duncan, da bailarina: Victoria Steimer Mandetta. (Foto: Divulgação/Isadora Duncan)

Em 2014, com apoio do FIC (Fundo de Incentivo à Cultura) do Governo do Estado e a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, é a vez de comemorar os 40 anos.

A primeira noite será de suítes, variações ou pas-de-deux das obras do repertório clássico universal e dos roteiros criados pela Escola. Já na segunda noite, é a vez de peças que remetem aos roteiros criados de dança moderna, jazz dance e danças populares, que mais se destacaram nestes 40 anos.

Na terceira noite, a programação começa com a cerimônia de homenagem aos bailarinos e pessoas no geral que tiveram participação na história do ballet e a apresentação de Ana Botafogo, Carlinhos de Jesus, Marcelo Misailidis do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Raça Cia de Dança, de São Paulo, Guilherme Oliveira e Ilara Lopes que mantiveram um forte elo profissional com o Ballet.

Os espetáculos também terão participações de quem já passou pelo Isadora, mas hoje dança por outras companhias, como: Ana Carolina Pitanga, Ana Carolina Viduani, Luan Ratacazzo, Carmem Lúcia de Andrade, Fabiana Atallah e Jorge Fernando. O ator e intérprete-criador Jair Damasceno também fará uma apresentação especial.

Ana Botafogo já interpretou os papéis principais de todos as mais importantes obras do repertório da dança clássica. (Foto: André Durão)
Ana Botafogo já interpretou os papéis principais de todos as mais importantes obras do repertório da dança clássica. (Foto: André Durão)

Depois de afastada oito anos dos palcos sul-mato-grossense, Ana Lúcia El Daher volta a se apresentar. Ao todo, serão 180 bailarinos no elenco. Incluindo a própria diretora, Neide Garrido. Também vai ter espaço para 10 grupos do Estado de Mato Grosso do Sul, cujos dirigentes ou integrantes tem origem ou parte de sua história de formação no Ballet Isadora Duncan.

Palestra - Os 40 anos do Ballet também vão oferecer a palestra "Vida de Bailarina", com Ana Botafogo no sábado, dia 29, das 14h às 16h, na Sala Idara Duncan do Museu da Imagem e do Som. A palestra é gratuita e voltada para estudantes da dança, profissionais, professores, criadores, diretores e ao público interessado em conhecer mais sobre a vida de quem dança.

Serão abordados tópicos como quem pode ensinar e aprender, o dom do artista-bailarino, aulas, ensaios, leituras, trabalho em equipe, lidar com egocentrismo, ultrapassar limites, temperar o racional e o emocional, rigidez dos ensaios, superação, desafios, sofrimentos ou renúncias, dentre outros.

“Esperamos todos os artistas da dança que desejam continuar suas reflexões sobre a arte, aproveitando a oportunidade de levantar questões e compartilhar experiências”, explica Neide Garrido, diretora do Ballet Isadora Duncan.

Ana Botafogo iniciou seus estudos ainda pequena no Rio de Janeiro. Na Europa frequentou a Academia Goubé na Sala Pleyel, em Paris, a Academia Internacional de Dança Rosella Hightower, em Cannes e o Dance Center-Covent Garden, em Londres. Foi no Ballet de Marseille, do famoso coreógrafo Roland Petit, que a brasileira dançou como profissional pela primeira vez. Suas performances no exterior incluem participações em festivais em Lausanne, Veneza, Havana e na Gala Iberoamericana de La Danza, em Madrid, representando o Brasil no espetáculo realizado em comemoração aos 500 Anos do Descobrimento das Américas.

Ao longo de sua carreira, Ana Botafogo já interpretou os papéis principais de todos as mais importantes obras do repertório da dança clássica. Para a palestra é necessário confirmar participação pelos telefones 3383-3219 ou 8416-3219. O Museu da Imagem e do Som fica no Memorial da Cultura, na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3º andar.

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