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Artes

Depois de curtas, cineasta promete longa rodado em MS para disputar festivais

Anny Malagolini | 25/03/2013 06:55
Leon, interpretado pelo ator André Tristão.
Leon, interpretado pelo ator André Tristão.
Guavira, uma das personagens faz referência ao Estado.
Guavira, uma das personagens faz referência ao Estado.

O cinema de Mato Grosso do Sul não quer mais viver só de curtas. Com vários do tipo e outros tantos documentários, o Estado produz longas e de ficção. Na sexta-feira, o start de uma nova produção foi dado em Campo Grande, com Breno Benetti à frente.

Depois de produzido três curtas metragens na Capital, para o cara que nasceu em Bela Vista agora é a vez do longa “Não Eu”.

As imagens são de cenários conhecidos e algumas novidades, como o Ateliê Bar, a avenida Afonso Pena, a Via Morena. No elenco, a figura mais ilustre é o ator David Cardoso, que assume um papel já clichê nas produções que envolvem Mato Grosso do Sul. É um fazendeiro, pai da protagonista do longa.

Detalhes deixam o roteiro com a cara regional. Uma das personagens, interpretada por Fran Corona, se chama Guavira, por exemplo, mas na construção da personagem não há nada remeta ao cenário rural. “Ela vai trazer elementos da cidade, nada de coisa da terra”.

O filme fala das experiências de um solitário, pelas ruas de Campo Grande. Começa a ser rodado em maio e deve ser finalizado em agosto. Breno já tem no currículo os curtas Derramado (2011), Lados Dados (2011) e Ana (2012).

No ano passado, conseguiu R$ 61 pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, mas o ideal, para tudo sair como a equipe quer, seriam R$ 150 mil.

Cena do filme rodado em Campo Grande.
Cena do filme rodado em Campo Grande.

O sonho do diretor é de que o longa chegue as salas de cinema comerciais de todo o País, como nunca ocorreu com as produções daqui. Mas como o caminho até lá é bem complicado, já se dá como satisfeito se conseguir representar o Estado e o País lá fora. “Sonho em ir para festival, é óbvio, e já tá bom”.

Para chegar mais longe, deixou o experimental para trabalhar uma linha mais comercial, com uma narrativa clássica.

Para uma produção à altura, coquetel de lançamento na sexta-feira tentou reunir possíveis patrocinadores. Mas nenhuma das empresas convidadas mandou representantes. A presença deles na festa seria um bom indicativo de apoio. 

O produtor, Givago Oliveira, 31 anos, é o marqueteiro do filme e diz que até a captação é feita com cuidado profissional. “Tínhamos um produto e por isso a gente precisa de patrocínio. Li o roteiro escrito pelo Breno e fomos definindo os possíveis parceiros locais. Como um dos personagens trabalha com Agropecuária, por exemplo, resolvemos ir atrás de uma empresa do gênero”, explica.

Mesmo assim, o longa sai, mesmo com o orçamento menor. “A gente corta aqui, ali, mas iremos filmar e lançar”, diz Breno.

Coquetel de lançamento na sexta.
Coquetel de lançamento na sexta.
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