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Artes

Dia Internacional da Dança reúne famílias na Praça do Rádio Clube

Alan Diógenes e Anny Malagolini | 29/04/2014 23:45
O destaque foi para Vinicius Battaglin, que apesar das limitações deu um show na praça. (Foto: Marcelo Victor)
O destaque foi para Vinicius Battaglin, que apesar das limitações deu um show na praça. (Foto: Marcelo Victor)

Além de celebrar o movimento, a Praça do Rádio Clube serviu para uma festa em família nesta terça-feira. Para comemorar o Dia Internacional da Dança, 25 grupos de Campo Grande e do interior se revesaram no palco, sob olhares de parentes, amigos e apoiadores.

Evento lotou praça com familiares e amigos que vieram prestigiar apresentação dos dançarinos. (Foto: Marcelo Victor)
Evento lotou praça com familiares e amigos que vieram prestigiar apresentação dos dançarinos. (Foto: Marcelo Victor)

Luiza Ximenes, 24 anos, apareceu para assistir a apresentação de uma pessoa querida, seu sobrinho. Ela conta que não está acostumada a prestigiar eventos de dança, mas veio para dar apoio ao sobrinho. “Esse é um tipo de entretenimento bastante diferente, que quase não vemos em Campo Grande. Acho que as autoridades deveriam investir mais nesses eventos, por que desta forma, as pessoas criariam um hábito de freqüentar os locais de dança”, comentou.

O comerciante Carlos João da Silva, 48 anos, que veio ver a apresentação da filha, ainda não conhecia o street dance. Ele conta que muitas pessoas acabam marginalizando a dança, por que sabem que ela veio de um movimento de rua. “Eu não imaginava que seria assim, me surpreendeu. Achei curioso e muito bonito, não tem nada a ver com malandragem”, pontuou.

Carolina Loureiro, 20 anos, disse que a divulgação desse tipo de dança quase não existe em Campo Grande. Ela só ficou sabendo que existia, pois namora um rapaz que se apresentou hoje. “Só vejo as coreografias quando venho assistir ele nos eventos”, finalizou.

Sem limites - O dançarino Vinicius Battaglin, 20 anos, chamou a atenção do público. O jovem que tem síndrome de down foi mais um dentre dezenas de bailarinos a mostrar com a dança pode ser importante para quem luta contra o que poderia ser uma limitação.

Estudante de Artes Cênicas da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) entrou no curso de dança porque sempre gostou do universo artístico. Vinicius conta que até hoje sente aquele friozinho na barriga quando vai se apresentar, mas não importa, por que sabe que isso que deve fazer na vida. “O friozinho é sinal de que estou no caminho certo, e é dançarino que eu quero continuar sendo”, afirmou.

O jovem faz parte do projeto “Dança da Inclusão” realizado pela associação Vida Ativa. Através do programa, ele participou no ano passado de um curso de street dance.Vinicius começou a se interessar pela dança em casa mesmo. Sempre assistia vídeos no Youtube, como o do cantor Justin Bieber. Era desta forma que ele treinava os passos. “Vejo a dança não só como um movimento, mas como um jogo, uma arte”, salientou.

A mãe de Vinicius, Ana Celía Battaglin, se emocionou nesta noite ao assistir a primeira apresentação do filho. “Sinto-me orgulhosa de vê-lo lá em cima do palco. Ele é muito esforçado, estava ensaiando deste julho do ano passado”, contou.

Familiares acreditam que street dance é pouco divulgado na Capital. (Foto: Marcelo Victor)
Familiares acreditam que street dance é pouco divulgado na Capital. (Foto: Marcelo Victor)
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