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Artes

Encontro reúne poucos leitores e organização faz tudo para ideia vingar

Paula Maciulevicius | 17/10/2015 20:00
O primeiro Encontro de Leitores de Campo Grande não foi como o esperado, mas quem não desiste de levar leitura a todos promete que vai fazer o projeto vingar. (Foto: Gerson Walber)
O primeiro Encontro de Leitores de Campo Grande não foi como o esperado, mas quem não desiste de levar leitura a todos promete que vai fazer o projeto vingar. (Foto: Gerson Walber)

Foram poucos os que se achegaram no Parque das Nações Indígenas com um livro nas mãos neste sábado. A ideia inicial era que o público levasse as obras preferidas e lesse trechos em voz alta. Quem quisesse também podia sair dali com um exemplar novo para casa. O primeiro Encontro de Leitores de Campo Grande não foi como o esperado, mas quem não desiste de levar leitura a todos promete que vai fazer o projeto vingar.

"Aqui as pessoas têm vontade de ler, mas esperam que o livro vá até ela", comenta o psicólogo e fundador da Gibiteca, Ronilço Guerreiro e organizador do encontro. Ele explica que a divulgação ocorreu apenas através do evento no Facebook para ver primeiro como funcionaria.

Gibiteca, ponto de cultura e leitura de Campo Grande, já tem o projeto de distribuição de livros de graça na Barão do Rio Branco, aos sábados, além da estante de livros que a própria população ajuda a alimentar nos cinco terminais de ônibus da Capital há quase 2 anos.

Para Vera, nos livros a gente se encontra e se conhece. (Foto: Gerson Walber)
Para Vera, nos livros a gente se encontra e se conhece. (Foto: Gerson Walber)

Funcionária pública, Vera Lúcia de Oliveira, de 52 anos, soube do evento e preparou o livro "Quem me roubou de mim", do padre Fabio de Melo. "Eu adoro ler, trouxe este que foi um dos últimos que eu li pela sintonia que tive", explica.

Na avaliação dela, Campo Grande ainda é uma terra de poucos leitores. "Infelizmente se lê bem pouco mesmo, tanto é que ninguém veio", diz. "E livro é isso, a gente se conhece e se encontra lendo", completa.

A diarista Derciana José de Farias, de 36 anos, não foi ao parque para ler, mas por acaso se declarou uma leitora apaixonada. Moradora do bairro Nova Lima, ela espera a sacola encher de livros para levar até o terminal General Osório. "Deixo uma sacolada lá, se a gente já leu, vai fazer o que? Jogar fora? Eu deixo lá e quando volto, já não tem mais nenhum, alguém pega para ler".

Quem quiser pode ajudar abastecendo as bibliotecas dos terminar de ônibus da Capital. A ideia é disseminar a leitura e quem sabe formar leitores. Para conhecer mais do trabalho da Gibiteca, clique aqui.

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Idealizador do evento, Ronilço ao lado de Derciana, diarista que deixa livros nos terminais. (Foto: Gerson Walber)
Idealizador do evento, Ronilço ao lado de Derciana, diarista que deixa livros nos terminais. (Foto: Gerson Walber)
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