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Artes

Famoso na arquitetura, Scalise agora assina desenhos para tatuagens

Naiane Mesquita | 02/08/2016 08:21
No papel a imagem que foi parar no braço.
No papel a imagem que foi parar no braço.

Os desenhos são de impressionar pela quantidade de detalhes. É preciso repousar os olhos alguns minutos para compreender a totalidade da imagem. Esse exagero que faz sucesso há muitos anos na arquitetura e decoração é de Luis Pedro Scalise, e agora também está “marcado” na pele de algumas pessoas, que carregam os traços do artista em tatuagens pelo corpo.

Desenho já tatuado.
Desenho já tatuado.

“Comecei a desenhar tatuagens há dois anos, quando uma cliente pediu um desenho. Ela me disse que era o sonho dela que eu desenhasse e acabei fazendo. Eu postei o resultado e surgiram outras pessoas pedindo. Com o tempo até o próprio tatuador começou a indicar”, resume Scalise.

Na lista de trabalhos de Scalise há muitos animais. “Eu faço muito, além de flores e desenho tribal. O traço acaba sendo diferenciado, não pode ser tão esfumaçado, é mais específico, limpo, porque senão ele borra fácil. Tem que ter um pouco de técnica na hora da criação”, explica.

Movimento no corpo, com o coração e os aviões de papel.
Movimento no corpo, com o coração e os aviões de papel.

Esse caminho, ele aprendeu na prática. “Os tatuadores me davam um retorno. Deixa mais espaço nesse desenho, por exemplo, caso contrário vai sair muito preto na tatuagem. Como eu nunca tinha feito uma, essas dicas foram importantes”, acredita.

Para Scalise, o mais interessante é ver uma obra se tornar uma arte eterna para alguém. “É gratificante você saber que uma pessoa quer um trabalho seu na pele. Um quadro é interessante, gratificante igualmente, mas você sabe que a pessoa pode vender ou dar para alguém com o passar do tempo. A tatuagem ela vai levar com você para o resto da vida. Tem alguns que já quiseram com a minha assinatura junto”, diz, surpreso.

Outro leão, a força da tatuagem.
Outro leão, a força da tatuagem.

Como os traços costumam ser muito semelhantes, Scalise ressalta que clientes já reconheceram os desenhos tatuados. “Tem gente que fala que viu uma tatuagem quando estava na fila de um restaurante, mas isso depende muito da destreza do tatuador de manter os traços corretos”, frisa.

Segundo o arquiteto, a época em que os pedidos mais aumentam é durante o verão, mas nem por isso deixam de acontecer em outros tempos. Para o arquiteto, a mudança na forma como sua arte é apresentada nunca é um problema.

“Graças a Deus eu sou uma pessoa muito criativa. Vem da gente essa vontade de criar, nem tem a ver coma profissão. Eu gosto disso”, explica.

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