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Artes

Fragilidade dos laços humanos é tema de novo espetáculo do Grupo Ginga

Elverson Cardozo | 08/03/2014 07:47
Em cena, 8 bailarinos. (Foto: Divulgação)
Em cena, 8 bailarinos. (Foto: Divulgação)

O Grupo Ginga, companhia de dança contemporânea de Campo Grande, apresenta, nos dias 13 e 14 de março, no Hangar Live Music, um espetáculo que pretende discutir o universo das relações efêmeras. Tendo como base o livro Amor Líquido, do sociólogo Zygmunt Bauman, o trabalho - “Se você me olhasse nos olhos” – vai abordar a fragilidade dos laços humanos. Serão duas apresentações por dia, às 19 e 21h. A entrada é gratuita.

O local escolhido para estreia, a casa de shows Hangar, não costuma receber esse tipo de trabalho, mas a escolha do espaço, segundo a coordenadora de processo e criação, Renata Leoni, foi estratégica. ”É um local de balada, de encontro, onde as pessoas ficam em uma noite e, geralmente, nunca mais se encontram”, disse. “O próprio ambiente será nosso cenário, com todas as coisas que tem lá”, completou.

“Se você me olhasse nos olhos” é uma releitura do espetáculo apresentando em 2008 e que, na ocasião, recebeu o título do livro de Bauman. “Resolvemos mergulhar de novo nesse universo. Fizemos essa nova criação que caminhou para um lugar que a gente não esperava. Ficou menos sério e dramático”, afirmou Renata, que assina a direção junto com o coreógrafo Chico Neller.

O espetáculo é embalado por uma trilha sonora apaixonada, quase brega. A dança tem linguagem contemporânea. Em cena, oito bailarinos que, em tom mais descontraído, brincando com o olhar, vão falar de um assunto que a maioria, especialmente os jovens, se identifica. Se na primeira vez, a seriedade marcou a apresentações, agora é o bom humor que dita o ritmo.

Bailarinos trocam olhares em cena. (Foto: Divulgação)
Bailarinos trocam olhares em cena. (Foto: Divulgação)

“É assim? Vamos ver como é então... Tirar proveito. Não tem só coisa ruim. O que tem de bom? Vamos nos divertir”, comentou a coordendadora, se referindo às relações “picadas”, sem vínculo, onde a “pegação” é geral, mas, em contrapartida, a solidão é mais visível.

Os intérpretes, desta vez, são: Ana Maria Rosa, Adaílson Dagher, Gustavo Lorenço, Laura de Almeida, Marcos Mattos, Ralfer Campagna, Reginaldo Borges e Roberta Siqueira.

A iluminação é de Cadu Fluhr. A edição da trilha foi feita por Jonas Feliz; o design gráfico por Buennas Estúdio de Design;  fotografia e teaser de divulgação por Franciella Cavalheri e Adriel Santos. A produção é da Arado Cultural (Ana Maria Rosa e Roberta Siqueira) e conta com apoio do Movimente Espaço de Danças, Buennas Estúdio de Design, Franciella Cavalheri, Recanto das Ervas e Hangar Live Music.

O espetáculo é um projeto contemplado pelo Prêmio Célio Adolfo de Incentivo à Dança, da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).

Serviço – O Hangar Live Music fica na Rua Trindade, 430 (início da Rui Barbosa). Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados na bilheteria com 1 hora de antecedência. Reservas pelo e-mail contato.aradocultural@gmail.com

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