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Artes

Na Capital, Ney Matogrosso apresenta filme e diz não ter apego ao passado

Anny Malagolini | 28/11/2013 22:06
Ney veio à Capital para a exibição do filme "Olho Nu", de Joel Pizzini.(ao fundo) (João Garrigó)
Ney veio à Capital para a exibição do filme "Olho Nu", de Joel Pizzini.(ao fundo) (João Garrigó)

Nada de saudosismo. O sentimentalismo das canções nada tem a ver com o passado, no interior do Mato Grosso do Sul, em Bela Vista. “Não tenho saudade, não me traz nada”, revela o cantor Ney Matogrosso, 72 anos, sobre a infância vivida no pequeno município.

O cantor veio a Campo Grande para a exibição do filme “Olho Nu”, produção de 101 minutos, sobre a carreira de Ney, dirigido pelo também sul-mato-grossense Joel Pizzini.

A ideia foi de Joel, que nos anos 80 fez um curta sobre o artista e desde então preservou inúmeras horas de gravações que não foram usadas.

“Não tenho apego com o passado e o lugar não me diz nada”, fala sobre a cidade em que nasceu. Joel sai em defesa do cantor. “Ney é assim, não cultua o passado, a não ser na música”.

Segundo o diretor, assim que chegaram no município, com pouco mais de 23 mil habitantes, os passos foram seguindo os de Ney, que foi levando a equipe aos locais que a memória recordava e a casa do avô, local de filmagem.

Da cidade, ele diz que se lembra de pouca coisa além da casa da família e, de forma quase vaga, a praça em que brincava. “A cidade mudou, onde eu frequentava se tornou a parte velha”, comenta.

Mato Grosso ainda é o nome dito quando o assunto é o Estado, mania de quem nasceu antes da mudança e que Ney não se importa e nem tenta corrigir.

Já na casa, Joel conta que levou um toca disco e colocou o“Homem Neandertal”, o primeiro da carreira do cantor, sem pedidos. Ney diz que entendeu o recado. “Eu entendi a proposta e fiz a história”.

Olho nu - Segundo Ney, a narrativa é uma fatia do seu pensamento durante os anos. Ele ainda elogia o trabalho: “é compatível comigo”.

O diretor relembra que durante a produção foram selecionadas imagens de entrevistas concedidas pelo cantor desde os anos 1970 e, para sua surpresa, na maioria delas Ney repete a mesma fala e o jeito foi escolher os trechos pela musicalidade e tom da voz.

Ney também comenta a parceria com Alzira Espíndola, também de "Mato Grosso", e revela que a artista é uma de suas paixões. “Sempre que posso estou com ela”, diz.

O filme vai se tornar série, e será apresentada no Canal Brasil. A produção foi exibida pelo festival “FestCine”, que acontece na Capital desde o dia 25, no Shopping Norte Sul Plaza. Amanhã é o último dia de exibição, confira a programação:

29/11 - Sexta / Drive-in
19h – Smile – Camila Machado e Steffany Santos
Brasil - Curta MS (8min)
Ela Veio Me ver – Essi Rafael
Brasil - Curta MS (16min)
O Florista – Filipi Silveira = 18min
Brasil - Curta MS (18min)
Do Sul, Mato Grosso do Sul – Fábio Flecha
Brasil - Curta MS (18min)
20h – No – Pablo Larraín
Chile - Longa-metragem (115min)

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