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Artes

Roda de chorinho tem tereré e leva apaixonados por música aos domingos à praça

Naiane Mesquita | 29/08/2016 06:48
Roda de chorinho é aberta a convidados e acontece todos os domingos (Foto: Fernando Antunes)
Roda de chorinho é aberta a convidados e acontece todos os domingos (Foto: Fernando Antunes)

Em meio a sombra das árvores da Praça Ary Coelho, um grupo de músicos lembrava ao público uma das principais manifestações artísticas do País: o chorinho. O estilo que surgiu em meados do século 19 e se popularizou nas notas de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Joaquim Antônio Calado e Ernesto Nazaré agora é tocado todos os domingos, ao ar livre, a partir das 10 horas da manhã. A entrada é gratuita.

Dario é professor e sempre vai as rodas de chorinho na cidade (Foto: Fernando Antunes)
Dario é professor e sempre vai as rodas de chorinho na cidade (Foto: Fernando Antunes)
A jurista Glaucia Leite lembrou dos tempos de pianista em apresentação (Foto: Fernando Antunes)
A jurista Glaucia Leite lembrou dos tempos de pianista em apresentação (Foto: Fernando Antunes)

O projeto é do grupo Clube do Choro, que há dois anos tem como missão o resgate do estilo. “Nesse projeto em especial, os músicos trazem os principais nomes desse estilo tão marcante e genuíno da cultura brasileira”, explica a produtora cultural da banda, Renata Christoforo, 46 anos.

Ao todo são quatro músicos oficiais comandando o projeto, Mestre Galvão, no violão de seis cordas, Philip Andara, na flauta, Zezé Mauro, no violão de sete cordas e Paulinho Brasilidade no pandeiro. “Sempre temos participações especiais. É uma roda de chorinho então todo mundo que gosta do estilo e sabe tocar é bem vindo”, explica Renata.

O projeto acontece durante o mês de agosto e setembro, sempre aos domingos, das 10 horas às 12 horas, em parceria com a Fundac (Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande).

Teve gente que levou té mesa e cadeira para a praça (Foto: Fernando Antunes)
Teve gente que levou té mesa e cadeira para a praça (Foto: Fernando Antunes)

Para o público, que leva mesa, cadeira, tereré e até lanche, o programa é uma forma de ouvir boa música e de graça. “Sempre que eu consigo eu venho acompanhar as apresentações do Clube do Choro. É o tipo de melodia que eu gosto, é mais apurado. Não costumo ouvir muito em casa, mas na rua, no boteco, onde ela combina bem melhor”, ri o professor de química da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Dario Pires, 64 anos.

A jurista Glaucia Leite, 53 anos, concorda. Pianista, ela deixou de lado a arte pela profissão e agora fica feliz de encontrar o chorinho na praça. “Eu vi uma reportagem falando sobre o evento e resolvi vir. Eu toco há muito tempo piano e o chorinho é uma das músicas mais antigas e bonitas do Brasil. É anterior ao samba, mas tem uma musicalidade incrível”, frisa.

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