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Artes

Sortudos de MS são primeiros a receber Vale-Cultura, mas não conseguem gastar

Paula Maciulevicius | 22/01/2014 06:20
Gabriel Diogo de Lima Gomes, de 18 anos, conta que está com o cartão há quase um mês, mas só na carteira.
Gabriel Diogo de Lima Gomes, de 18 anos, conta que está com o cartão há quase um mês, mas só na carteira.

Em Mato Grosso do Sul já tem gente com o Vale-Cultura nas mãos, cartão para acesso ao teatro, cinema e espetáculos. Mas gastar o benefício, por enquanto, está só nos planos. Lançado oficialmente há seis dias pelo Governo Federal, que concede desconto no Imposto de Renda às empresas que aderirem ao programa, concessionárias da Volvo em Campo Grande e Dourados sairam na frente e já liberaram o cartão aos funcionários.

O Lado B foi atrás dos privilegiados para saber como eles estão gastando os R$ 50 mensais do Vale. A surpresa foi, que até agora, ninguém conseguiu usar, porque os estabelecimentos não aceitam.

Em Dourados, o funcionário do setor de ferramentas do estoque, Gabriel Diogo de Lima Gomes, de 18 anos, conta que está com o cartão há quase um mês, mas só na carteira. “Todos os lugares falam que não passa. Cinema, mercado, fui para ver se passava filme, essas coisas, mas disseram que não aceita”, descreve.

O jeito foi pagar do próprio bolso mesmo tendo por volta de R$ 150 de saldo, valor referente aos meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro. Os planos, ainda frustrados de Gabriel, eram de usar o vale para ir ao cinema. “Vou pelo menos duas vezes na semana, dá uns R$ 40. Acho que vai ser uma oportunidade, não é? Mas eles não conhecem ainda”, diz sobre as empresas onde tentou passar.

No Cine Araújo, rede de cinemas de Dourados, a resposta da gerência foi de que a matriz, em São Paulo, ainda não passou nenhuma autorização ou orientação sobre o uso.

Foram 13 funcionários que receberam o cartão na concessionária de Dourados. O coordenador administrativo, Cássio Caetano, explica que foi uma surpresa a chegada do benefício. “Para nós, foi. A empresa elaborou e nos mandou para formalizar com eles”, relata. Sobre o uso, Cássio afirma que está no aguardo dos credenciamentos das empresas que vão receber, para que então os funcionários possam utilizar.

O que é? O Vale-Cultura é destinado para trabalhadores com carteira assinada que ganhem até cinco salários mínimos. O cartão é pré-pago, como o Bolsa Família, mas com a função de garantir a participação da população em atividades culturais. Todo mês é depositado R$ 50 que são cumulativos, para a compra de entradas de teatro, cinema, museus, espetáculos, shows, circo ou mesmo comprar ou alugar CDs, DVDs, livros, revistas e jornais.

Criado pelo Governo Federal, as empresas é que precisam aderir ao programa. Os empregadores que entrarem nessa, terão abate no Imposto de Renda, como uma forma de incentivo.

Segundo o Ministério da Cultura, são 18 operadoras cadastradas, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Ticket, Brasil Convênios e Banrisul, as responsáveis por produzir e distribuir os cartões magnéticos, assim como habilitar os estabelecimentos que quiserem aceitar o Vale-Cultura. 

O Lado B tentou contato com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, mas não obteve informações quanto à previsão de habilitação dos locais no Estado. O que resta agora é esperar. 

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