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Artes

Após 45 anos de carreira, fotógrafo Roberto Higa assina contrato para 1º livro

Ângela Kempfer | 12/07/2012 14:21
Higa mostra uma das fotos mais raras da carreira, do líder indígena assassinado Marçal de Souza.
Higa mostra uma das fotos mais raras da carreira, do líder indígena assassinado Marçal de Souza.
Lançamento em 81 do projeto que liga hoje a cidade de Bela Vista (MS) a Aporé (GO
Lançamento em 81 do projeto que liga hoje a cidade de Bela Vista (MS) a Aporé (GO

Depois de 15 anos tentando, o fotógrafo Roberto Higa assinou nesta semana contrato para publicação do primeiro livro da carreira.

Poderia ser mais uma obra sobre o Estado, mas tem um valor especial porque ao longo de 45 anos de profissão Higa teve sempre os olhos nas transformações de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

“Lembro que a gente ia ao bingo e quando o cara estava lá, cantando as pedras, ele gritava: Qual é o número de Mato Grosso do Sul? E o povo respondia: é o 44. O calibre de revólver porque aqui era terra sem lei”, conta.

Agora a briga será para selecionar 250 fotos do acervo de 250 mil, para a publicação pela Editora Alvorada, que fechou parceria com o fotógrafo e com o jornalista Luca Marimbondo, outro lutador a se dedicar ao projeto.

Além de ter comprado a primeira câmera em 1968, ele fotografa sem parar até hoje, sempre fotojornalismo. “Fiz poucos casamentos e aniversários na minha vida. Só fazia evento quando a coisa apartava”, lembra.

Mesmo assim, o fotógrafo jura que não terá tanto trabalho. “Começamos a pensar no livro Roberto Higa e 30 anos de carreira. Já passaram 15. Nesse tempo, tenho selecionado muita coisa ”, justifica.

Com o livro, Luca e Higa querem mostrar com imagem como a região foi se transformando. Um dos momentos que vão aparecer com certeza, lembra Higa, é a instalação da UFMS em Campo Grande, em 1971. “Foi o que fez a cidade mudar a mentalidade, crescer. Chegaram muitas famílias”, conta.

Ele também cita fatos políticos, de Polícia, os registros dos ciclos das cheias no Pantanal e a foto da inauguração da primeira escada rolante, na loja Pernambucanas de 14 de Julho, já publicada aqui no Lado B. “Foi um evento”, resume.

Ainda não foram divulgados os valores para a publicação do livro. Higa só diz que chegou a um acordo bom para todas as partes. “Depois de muita oferta ruim, conseguimos algo bom”.

Inauguração do Hipodromo Aguiar Pereira de Souza - 1982
Inauguração do Hipodromo Aguiar Pereira de Souza - 1982
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