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Artes

Cultura com endereço fixo em Campo Grande e na base da colaboração

Ângela Kempfer | 06/02/2012 11:47
Marylu e Vitor, na sala da Casa de Cultura. (Foto: João Garrigó)
Marylu e Vitor, na sala da Casa de Cultura. (Foto: João Garrigó)

A casa é enorme, mas ainda está praticamente vazia. Alugada pelo grupo Mercado Cênico, na rua Pedro Celestino, o prédio pode ser o endereço fixo para pequenas companhias de teatro, de dança, para músicos e qualquer outro artista que precise de espaço para ensaiar ou planejar o trabalho.

A idéia é abrir as portas de graça a esses grupos, para facilitar a vida de quem faz arte em Campo Grande. “O aluguel quem paga é o Mercado Cênico, mas queremos convencer a iniciativa privada a comprar cotas e ajudar”, explica Vitor Samúdio, um dos coordenadores do grupo.

O passo importante será captar recursos com, pelo menos, 10 empresários em troca de publicidade na casa e no material de divulgação de espetáculos que sejam realizados por quem usa o espaço.

As despesas mensais hoje somam R$ 3 mil. Mas o investimento na Casa de Cultura Colaborativa vale à pena, avalia. “Tem lugar para ensaiar, para fazer reuniões, para planejar o trabalho”, conta a produtora Marylu Garcia.

Para bancar o projeto, hoje os atores do Mercado Cênico abrem mão de parte do cachê em espetáculos que conseguem fazer vingar em programas de incentivo à cultura. “Vamos fazendo como sempre, de espetáculo em espetáculo”, diz Marylu.

Instrumentos musicais em um ambiente livre para criação.
Instrumentos musicais em um ambiente livre para criação.

Pelos 12 cômodos do prédio, espalhados por 3 níveis, os planos são instalar auditório, biblioteca, mini galeria para exposições, espaço para shows, sala de audiovisual, escritório e ambientes para festas.

“Começamos pensando em uma sede para o grupo, mas vimos que a demanda era muito maior. Queremos movimentar Campo Grande, contribuir”, justifica Vitor.

Uma voluntária, acadêmica de Design de Interiores, é responsável pela transformação do prédio de paredes brancas, em um local de estética viva. Por enquanto, apenas uma manequim com modelito cor de rosa e instrumentos musicais indicam que o espaço será de gente criativa.

A inauguração ainda não tem data, mas algumas atividades já estão programadas. Uma das grandes paredes brancas do imóvel, por exemplo, será grafitada por quem quiser colaborar.

Também está prevista uma feira coletiva, para arrecadar dinheiro e mobiliário para a casa. “Isso até porque um dos nossos conceitos é a sustentabilidade”, lembra Vitor.

A Casa de Cultura Colaborativa fica na rua Pedro Celestino, número 2851, perto da antiga Pedreira.

Vitor mostra parede branca que será grafitada.
Vitor mostra parede branca que será grafitada.
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