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Artes

Exposição reúne peças artesanais e artistas que apostaram na inovação

Paula Vitorino e Elverson Cardozo | 29/09/2012 14:40
Acessórios femininos, como maxicolares, são destaques na exposição.
Acessórios femininos, como maxicolares, são destaques na exposição.
Cuba feita com vidro reaproveitado. R$ 150. (Fotos: Rodrigo Pazinato)
Cuba feita com vidro reaproveitado. R$ 150. (Fotos: Rodrigo Pazinato)

Na segunda edição, a Expoart apresenta as inovações do mundo do artesanato, com artistas que resolveram dedicar a vida a arte e suas possibilidades. São 17 expositores, com trabalhos diversos, desde a culinária até peças decorativas.

Quem quiser conferir a exposição tem até às 20h deste sábado para ir até o Marco 9 Museu de Arte Contemporânea). O movimento no início da manhã era fraco, mas a organização espera visitantes ao longo da tarde, como na primeira exposição, que reuniu cerca de 200 pessoas.

Entre os trabalhos, um dos destaques é o reaproveitamento de pedaços de vidro, que se transformam nos mais variados itens de decoração e até acessórios.

“Antes ia tudo para o lixo”, diz.

A empresária Maria Luiza Pimentel, de 30 anos, descobriu a técnica de fusing há cerca de 1 ano e, desde então, aproveita os vidros de vidraçaria que iriam para o lixo para fazer arte.

Na mostra, uma das peças apresentadas é uma cuba de banheiro feita de vidro fume. Mas relógio utilizando a técnica também é destaque. Os preços das peças variam de R$ 25 a R$ 150.

Porta-escova. R$ 18.
Porta-escova. R$ 18.

Mimos para casa - Na diversidade da exposição, peças artesanais para decoração de espaços da casa e uso pessoal ganha o toque personalizado com cada detalhe das peças produzidas pela artesã Débora de Carvalho, de 37 anos.

São espécies de guirlandas artesanais, verdadeiros “mimos”, com frases personalizadas, peças em madeira, artigos para decoração, utensílios de cozinha e uso pessoal, como o porta-escova. É um kit que conta com toalha, escova de dente e pasta, mas o toque diferenciado fica por conta da embalagem, feita artesanalmente em pano, formando um tipo de bolsinha.

“É um dos que mais vende”, diz. Cada kit custa R$ 18.

A artesã é dona da Fuxikarte e há 4 anos trabalha no ateliê montando em sua própria casa. Os produtos são vendidos entre 18 e 75 reais.

Bijus - Os acessórios femininos também chamam a atenção na exposição, especialmente para as mulheres.

A empresária Maria Clara Hürner, de 30 anos, trouxe para a feira a beleza dos maxicolares, feitos artesanalmente com diversos materiais. “Demora cerca de 2 horas para fazer um maxicolar”, conta.

Maxicolar. R$ 109.
Maxicolar. R$ 109.

Os colares chegam a custar R$ 420, no caso dos feitos com a técnica de origami. Mas na exposição as peças estão com descontos de 30 a 60%. Um maxicolar com aplicação de strass caiu de R$ 140 para R$ 109.

A artesã mora em São Paulo, mas aproveitou a feira para rever a família em Campo Grande e divulgar o trabalho. Ela vende as peças para todo o Brasil e até outros países em site criado no fim do ano passado, quando ela resolveu abandonar a carreira de advogada e se dedicar a arte.

“Estou muito feliz na minha nova profissão. Não pretendo voltar a ser advogada”, afirma.

Ela trocou a rotina de cerca de 17 horas de trabalho diário em um grande escritório de advocacia em São Paulo pela flexibilidade do trabalho de artesão.

“Na época cheguei a receber uma proposta de empresa japonesa para ser coordenadora, mas não quis aceitar. Na época que escolhi a faculdade de Direito era muita nova. Quero ser artesã”, diz.

O interesse pelo artesanato também veio da família, já que a mãe e a avó são artistas plásticas.

Serviço - O Marco fica na Rua Antônio Maria Coelho, 6000, Parque das Nações Indígenas. Mais informações pelo telefone 3326-7449.

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