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Artes

Prefeito propõe R$ 1,5 milhão à cultura e divide opiniões em audiência

Fabiano Arruda | 10/11/2011 18:18
Jerry Espíndola diz que proposta é um avanço e que repasse de R$ 12 milhões é ingenuidade. (Foto: Simão Nogueira)
Jerry Espíndola diz que proposta é um avanço e que repasse de R$ 12 milhões é ingenuidade. (Foto: Simão Nogueira)

Integrantes do movimento “1% para a cultura” compareceram à Câmara Municipal de Campo Grande nesta quinta-feira para cobrar maior incremento nos repasses em fomento para o setor em audiência pública.

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), compareceu ao local e fez proposta de elevar, por meio de decreto, de R$ 450 mil para R$ 1,5 milhão de investimentos para fomento já a partir do próximo ano, verba que poderia chegar a R$ 3 milhões em 2013. A proposta dividiu a opinião da categoria.

Segundo o prefeito, o aumento ocorreria por meio do decreto e também num mecanismo em que todo evento cultural realizado na Capital, que recolhe 5% de ISS destinaria, deste índice, 2% para o setor no ano que vem e 3% em 2013.

Nelsinho se comprometeu que a prefeitura eleva o valor em 2012 para R$ 1 milhão e a expectativa da arrecadação dos eventos culturais é que faria chegar a R$ 1,5 milhão. “Mas se os eventos não conseguirem eu aporto R$ 1,5 milhão”, garantiu Trad.

A proposta não teve unanimidade na audiência. Logo após Nelsinho anunciar a proposta, a produtora cultural Andrea Freire avisou que o movimento será permanente e que considerou pouco o valor. “O movimento vai continuar pelo bem da cultura da cidade”.

Já o arquiteto urbanista Angelo Arruda reforçou que a reivindicação de 1% corresponde a R$ 12 milhões para o fomento, especificamente ao FMIC (Fundo Municipal de Cultura) e o FomTeatro (Programa Municipal de Fomento ao Teatro). “Cuiabá destina R$ 17 milhões”, comparou.

O músico Jerry Espíndola, por sua vez, disse que os números ainda não serão suficientes, mas considera o movimento vitorioso. “Subir de R$ 450 mil para R$ 12 milhões seria ingenuidade”, pontuou.

Candido Alberto da Fonseca, presidente da ACVMS (Associação de Cinema e Vídeo de Mato Grosso do Sul) lembrou que as discussões vêm desde fevereiro de 2007. “A gente sempre quis o diálogo: 1% é o piso mínimo e não o teto, poderia ser mais, no entanto, é o possível agora”.

O vereador Athayde Nery (PPS) seguiu a mesma linha e ressaltou que a presença do prefeito na audiência com a apresentação de uma proposta oficial, por si só, já é uma vitoria do movimento.

A vereadora Thaísa Helena (PT) sugeriu que a administração municipal retire as obras da área cultural na cidade ao orçamento da Cultura e repasse os custos à Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação).

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