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Lado B

Atentos ao berrante: Pantanal abre as porteiras para 6ª Cavalgada

Paula Maciulevicius | 19/05/2013 12:27
O sentimento que move quem nasceu, se criou ou viveu boa parte da vida no Pantanal que hoje ‘empresta’ parte das maravilhas a quem quer se aventurar. (Foto: Paula Maciulevicius)
O sentimento que move quem nasceu, se criou ou viveu boa parte da vida no Pantanal que hoje ‘empresta’ parte das maravilhas a quem quer se aventurar. (Foto: Paula Maciulevicius)

Dos pantaneiros natos a quem quer se aventurar. O Pantanal abre as porteiras para o galopar dos cavalos nos dias 5 a 8 de julho. Uma viagem nada ligeira, onde ninguém tem pressa de chegar, numa estrada boiadeira que não interessa onde vai dar. É pegando carona na Comitiva Esperança, de Almir Sater, que a Associação de Criadores do Cavalo Pantaneiro do MS abre inscrições para a 6ª Cavalgada no Pantanal.

As descobertas pelo Pantanal em 40 quilômetros de galopes têm como cenário este ano a fazenda Primavera, em Aquidauana, a 250 quilômetros de Campo Grande. E com tudo que o bom pantaneiro tem direito. De baile à noite ao quebra-torto na alvorada.

A festa nasceu a partir de um grupo de troca de experiências que já realizava reuniões mensais apenas com o intuito de aprendizado. Filhos e netos dos que antes colonizaram a terra iam à fazenda do outro entender como era o manejo e a lida. Os galopes terminavam nas batidas de bota no salão de baile e assim surgiram as cavalgadas, resgatando o melhor do homem pantaneiro.

É este sentimento que move quem nasceu, se criou ou viveu boa parte da vida no Pantanal e que hoje ‘empresta’ parte das maravilhas a quem quer se aventurar. A primeira cavalgada foi realizada em 2004. Uma não aconteceu seguida da outra, mas desde o ano passado, a ideia era de ela viesse pra ficar no calendário do pantaneiro.

O Lado B acompanhou a edição de 2012 e estende o convite. Dos quatro dias de programação, dois são de cavalgada. Um trajeto elaborado pela organização que tem em torno de 15 a 20 quilômetros por dia. A saída é pela manhã, depois da alvorada, sem atrasos, os cavalos têm de estar preparados às 7h. Assim como os cavaleiros, que de chapéu na mão, rezam o Pai Nosso pedindo proteção. A cena por si só já é marcante. Homens, mulheres e crianças montados, fazendo o sinal da cruz. O que vem a seguir já é a poeira que levanta dos trotes.

O roteiro de percurso é apenas nos limites da fazenda. O primeiro dia é dispensado aos participantes chegarem e se instalar. Entre sábado e domingo, a cavalgada segue do campo até um ponto dentro da fazenda onde é servido o almoço. O cardápio sempre pantaneiro, à base de arroz carreteiro, macarrão com carne seca, bobó de galinha caipira, churrasco, carneiro e virado de feijão. Comida para satisfazer e que dá sustância para quem ainda tem quilômetros de volta pela frente em cima do lombo do cavalo.

A acomodação é pantaneira, mas não deixa a desejar. Cada participante fica responsável de levar, montar e desmontar a própria barraca. Pelo que o Lado B vivenciou na cavalgada passada, pantaneiro de aluguel não passa aperto não. A estrutura dos banheiros inclui dezenas de chuveiros e o calor da região, mesmo que a água não seja quente, nem permite que se sinta o gelado.

Quanto aos protagonistas do evento, os associados colocarão à disposição animais mansos para todos interessados, no valor de R$ 50 por animal. Quem quiser levar os próprios cavalos, devem apresentar exames de anemia infecciosa e resenhas. Já as traias de arreio cada grupo e pessoa deve levar a sua.

A inscrição por pessoa custa R$ 400 até o dia 05/06. Do dia 06 a 21/06, o valor sobe para R$ 420 e a partir daí até a cavalgada, o preço fica em R$ 450. Crianças de 5 a 12 anos pagam R$ 250,00. O pagamento pode ser realizado diretamente na conta da Associação ou por cheque. Feita a inscrição, os participantes receberão o kit, composto por duas camisetas, pulseira de identificação, regulamento do evento, mapa e porta-lixinho. Para inscrições e informações, o telefone de contato é 9668-3113.

Para entender como é ser pantaneiro por quatro dias, reveja as matérias abaixo, que o Lado B escreveu da 5ª Cavalgada. Do quebra-torto aos personagens do Pantanal, às descobertas pela Nhecolândia.

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