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Artes

A distopia no cinema serve para nos lembrar da luta contra a opressão

Daiane Libero | 09/12/2015 15:43
Imagem de V de Vingança, filme de 2005.
Imagem de V de Vingança, filme de 2005.

A capacidade que o cinema possui de conseguir emular realidades que podem ou não acontecer com seus espectadores é incrível, mas isso nós já sabemos. A distopia é um subgênero da Ficção Científica enquanto segmento de literatura ou cinema. Com isso, as distopias estão sempre sendo inseridas nas telonas para mostrar mundos devastados e, geralmente, sob um regime opressor, onde os seres humanos tentam sobreviver sob determinadas condições.

Nunca é tarde para falarmos sobre distopia, quando vivemos em um mundo onde coisas absurdas acontecem todos os dias. As distopias mostram mundos imersos em regimes totalitaristas, opressivos, onde a tecnologia vira uma forma de controle e opressão, e as pessoas vivem sob a tutela do Estado.

Mostrar tudo isso no cinema não garante só que teremos uma hora e meia de diversão dentro de uma sala. Garante também que nós jamais deixaremos de lembrar o quão sistemas sociais opressores fazem mal à humanidade.

Por isso, La Película lista três filmes que trazem justamente distopias em seu cerne, desenrolando histórias variadas. Confira, divirta-se e reflita.

<h1>Blade Runner: O caçador de andróides (1982)

Clássico da ficção científica dos anos de 1980, “Blade Runner” marcou época com um visual que misturava cinema noir e um pouco de tecnologia. Nesse cenário onde praticamente só chove, um homem que costumava caçar andróides, banidos da convivência humana quando deixam de obedecer a seu motivo de criação.

O filme descreve um futuro em que a humanidade inicia a colonização espacial, para o que cria seres geneticamente alterados, os replicantes, utilizados em tarefas pesadas, perigosas ou degradantes nas novas colônias. Após um motim, a presença dos replicantes na Terra é proibida, sendo criada uma força policial especial chamada de blade runners para os caçar e os destruir.

<h1>V de Vingança (2005)

Baseado nos quadrinhos do grande autor Alan Moore, “V de Vingança” trouxe para os brasileiros a icônica figura de “V”, um homem decidido a se vingar de um sistema totalitário que consome e oprime a Inglaterra moderna.

Unido à uma jovem que antes não se interessava por estar no front da batalha contra o regime opressor, “V” é o grande anti herói que quer libertar o país a todo custo. Para isso, ele decide, durante a data comemorativa de Guy Fawkes, na Inglaterra, no dia 5 de novembro, explodir o Parlamento e trazer as pessoas às ruas. “Remember, remember, the 5th of november”.

<h1>Mad Max: A Estrada da Fúria (2015)

O grande lançamento de 2015 no segmento da ação, idealizado e realizado pelo diretor oficial da franquia dos anos de 1970, George Miller, “Mad Max: A Estrada da Fúria” impressiona de muitos lados. Primeiramente causou furor em decorrência de seu plot com elementos feministas.

Grande esperança dos filmes de ação para o Oscar, tem sequências de perseguições de carros impecáveis, trilha sonora e fotografia magnânima. O que chama atenção também é que além de tudo, “Mad Max” mostra uma distopia onde um homem, Immortan Joe, governa um mundo destruído sob a ruína do pó e da guerra, e usa a água para manter todos reféns de sua tirania. Nesse enredo, ele escraviza mulheres para que elas lhe deem filhos saudáveis. Quando a guerreira Imperatriz Furiosa decide libertar essas moças, o policial “louco” Max acaba ajudando-a.

* Daiane “Lyra Libero” é jornalista da Quanta Marketing e escreve sobre cinema para a coluna La Película.

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